Após emboscada em Eunápolis, Jerônimo promete rigor contra facções: “Não vamos dar trégua ao crime organizado”

Após um ataque criminoso que teve como alvo o diretor do Conjunto Penal de Eunápolis (CPE), o policial penal Jorge Magno Alves Pinto, o governador Jerônimo Rodrigues (PT) afirmou que sua gestão tem adotado uma "postura firme" no enfrentamento ao crime organizado na região.

Em entrevista na rádio BandNews FM na manhã desta quinta-feira (22), o governador declarou: "Nós temos tido uma postura muito firme, a todo momento que a gente recebe denúncia ela é averiguada. Fiquei muito sentido com a ameaça de um diretor, um quadro nosso, ter sido ameaçado dessa forma, em vias de fato. Sentido pelo que aconteceu com o motorista. Isso prova que as coisas tivessem sendo passadas a mão pela cabeça, isso talvez não acontecesse. Isso prova que estamos sendo rigorosos".

Rodrigues acrescentou que a administração está agindo para coibir a influência do crime organizado nas unidades prisionais. "Tivemos o afastamento e um processo aberto para que a dirigente anterior pudesse responder. É uma área muito sensível, sabemos como o presídio pode contribuir para o malfeitor, o crime organizado, e ali tem sido a torneira onde a gente vai tentando fechar. Nós estamos fazendo as operações com as polícias, os serviços com a secretaria que cuida dos presídios. Eu espero que a gente possa dar conta dos outros, encontrar qual é a fonte. E não vamos dar trégua nesse aspecto do crime organizado", pontuou.

O ataque ocorreu na última terça-feira (20), quando o carro de Jorge Magno foi alvo de uma emboscada por integrantes de uma facção criminosa. Um grupo de cerca de 20 criminosos encapuzados cercou o veículo e efetuou os disparos.

O diretor do conjunto penal não estava no veículo no momento da ação. No entanto, seu motorista foi atingido pelos disparos e prontamente socorrido, sendo levado para o Hospital de Eunápolis.

Jorge Magno Alves Pinto assumiu a direção da unidade após a fuga de 16 presos do complexo penal. Ele substituiu Joneuma Neres. Investigações conduzidas pela Delegacia Territorial de Eunápolis apontaram que Joneuma teria facilitado a ação de criminosos que invadiram o presídio e promoveram a fuga, além de ter sido identificada a ligação da ex-diretora com uma organização criminosa.