Brasileiro é condenado por matar com espada jovem de 14 anos em Londres

Marcus Aurelio Arduini Monzo, um brasileiro de 37 anos, foi declarado culpado nesta quarta-feira (25) por um júri em Londres, mais de um ano após um brutal ataque com espada que tirou a vida de um adolescente de 14 anos. O veredito, proferido no tribunal de Old Bailey, considerou Monzo responsável não apenas pelo homicídio qualificado de Daniel Anjorin, mas também por cinco tentativas de homicídio, ferimento intencional e posse de arma ofensiva. A sentença será divulgada na próxima sexta-feira (27).
O incidente ocorreu em 30 de abril de 2024, em Hainault, onde Monzo, empunhando uma espada, causou terror por cerca de 20 minutos, atacando Daniel Anjorin de forma tão violenta que o jovem foi quase decapitado. Além do adolescente, outras cinco pessoas foram feridas. Relatos da promotoria indicam que, antes do ataque, Monzo também teria mutilado seu gato de estimação, Wizard, e que agiu sob a influência de maconha com a intenção de "matar o máximo de pessoas que pudesse".
Em sua defesa, Monzo alegou não se lembrar dos eventos do dia do crime e negou as acusações de assassinato e tentativas de homicídio, além de ferimento intencional, roubo qualificado e posse de arma branca. Ele admitiu a posse de duas espadas, afirmando tê-las adquirido para fins de exibição.
Durante seu interrogatório inicial, Monzo teria dito à polícia possuir "muitas personalidades", incluindo um "assassino profissional". Os promotores sugeriram que o réu provavelmente sofria de um transtorno psicótico com "sintomas semelhantes aos da esquizofrenia". Ele chegou a comparar os acontecimentos à franquia de filmes "Jogos Vorazes", apesar de afirmar que não tinha a intenção de ferir ninguém. Monzo também admitiu ter consumido drogas psicodélicas e maconha regularmente, embora tenha negado o uso na data do ataque.