Com Lewandowski na Câmara, Motta declara futuras alterações na PEC da Segurança Pública

Em Brasília, a tramitação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública, enviada pelo governo Lula, ganha novos contornos com a sinalização de alterações por parte da Câmara dos Deputados. O presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), defendeu o direito do Legislativo de modificar o texto, em declaração nesta terça-feira (29).
A articulação em torno da PEC envolve o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, que busca, com o apoio do Palácio do Planalto e de Motta, evitar descaracterizações significativas na proposta. Paralelamente, o deputado Mendonça Filho (União-PE), figura da oposição, assume o papel de relator na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), palco estratégico para a discussão.
Motta, ao defender as prerrogativas do Congresso, fez um apelo para que a discussão sobre segurança pública não seja contaminada por questões políticas, alertando para o risco de inviabilização de um tema urgente para a população.
Durante a audiência na Comissão de Segurança Pública, Lewandowski buscou esclarecer uma declaração anterior, minimizando o impacto de uma interpretação de que teria criticado a atuação da polícia. O ministro assegurou manter uma relação sólida com as forças policiais, afirmando que sua fala foi "tirada de contexto" e que se referia ao sistema único de segurança pública em discussão.