Concacaf rejeita pedido da Groenlândia para integrar futebol de seleções

O pleito da Groenlândia para ingressar na Concacaf (Confederação de Futebol da América do Norte, Central e Caribe) foi negado por unanimidade, um revés para seu objetivo de participar oficialmente do futebol de seleções. A decisão ocorreu durante o congresso da entidade nesta semana e foi comunicada em nota oficial, que mencionou uma "avaliação minuciosa" do pedido e a necessidade de respeitar os estatutos internos da confederação.
Embora esteja geograficamente situada na América do Norte, a Groenlândia é um território autônomo da Dinamarca e não é reconhecida como país independente pelas Nações Unidas. Essa condição limita sua elegibilidade para outras confederações, como a UEFA, que tornou seus critérios mais rígidos após a aceitação das Ilhas Faroé, que atualmente participam de competições da FIFA e da própria UEFA.
A negativa representa uma frustração para os cerca de 57 mil habitantes da ilha, que contam com 76 clubes e aproximadamente 5.500 jogadores registrados. A federação local tinha esperanças de seguir o exemplo de outras regiões ultramarinas não soberanas — como Bonaire, Guiana Francesa, Martinica, Guadalupe, Saint Martin e Sint Maarten — que já são membros da Concacaf, apesar de não serem afiliadas à FIFA.
Além dos obstáculos políticos e burocráticos, o desenvolvimento do futebol groenlandês enfrenta sérias limitações impostas pelo clima. Com apenas cerca de cinco meses por ano propícios para jogos ao ar livre, é inviável manter gramados naturais, o que leva à utilização de campos de terra batida ou grama sintética para a realização das competições locais.