Eleição no Corinthians: Chapa Única Surge como Solução para Crise após Impeachment de Augusto Melo

O Corinthians caminha para ter uma chapa única na eleição indireta que definirá o novo presidente do clube, após a confirmação do impeachment de Augusto Melo em assembleia de sócios. A movimentação visa evitar novas disputas internas e promover a união em um momento de profunda crise administrativa e financeira.
Fontes da reportagem indicam que um "acordo de cavalheiros" está sendo articulado entre membros do Conselho Deliberativo (CD), com forte adesão de grupos políticos influentes no Timão. A proposta é que a chapa seja encabeçada por Osmar Stabile, atual presidente interino, que assumiu o cargo em maio após o afastamento de Melo.
O entendimento predominante é que novas eleições competitivas poderiam desgastar ainda mais a instituição, prejudicando projetos em andamento e a recuperação financeira, que é uma das principais preocupações da gestão interina.
"O momento do Corinthians é de ter essa união, até para que o Corinthians consiga se desenvolver. O clube precisa parar de ter essas interrupções de gestão, porque isso atrasa uma série de projetos, isso prejudica aquilo que está em andamento, então a união nesse momento seria a melhor alternativa", declarou um conselheiro que pediu para não ser identificado.
Leonardo Pantaleão, superintendente jurídico do Corinthians, avalia positivamente a permanência de Stabile. "Entendo que a permanência do Osmar é interessante, é importante, porque quer queira quer não, o Osmar vem de uma chapa que foi eleita pelos sócios, sobretudo isso, o Osmar assumiu agora, vem fazendo um trabalho que vem já apresentando alguns frutos, tem o seu planejamento, já tem a sua diretoria montada, eu acho que uma ruptura vai fazer com que o Corinthians caminhe alguns passos para trás", afirmou ao UOL.
Romeu Tuma Jr., presidente do CD, confirmou que o pleito será convocado esta semana, com a expectativa de que a eleição indireta, votada exclusivamente por conselheiros, ocorra nos próximos 15 dias.
O mandato do presidente eleito será "tampão", com duração até dezembro de 2026, completando assim os três anos do ciclo das últimas eleições gerais do clube. Augusto Melo, agora ex-presidente, fica impedido de concorrer a cargos na diretoria corintiana por uma década.