Ex-CEO da Hurb cometeu dois furtos de obras de arte em 6 horas, diz polícia
O ex-CEO da Hurb, João Ricardo Mendes, de 44 anos, foi preso em flagrante no Rio de Janeiro, acusado de furtar obras de arte de um hotel de luxo e de um escritório de arquitetura localizados na Barra da Tijuca. A Polícia Civil aponta que os crimes ocorreram na madrugada da última sexta-feira (25), em um intervalo de seis horas. Imagens de câmeras de segurança registraram a ação do suspeito.
Segundo a investigação, Mendes furtou um quadro e três esculturas de cerâmica, avaliados em R$ 23 mil, além de um segundo quadro que não foi localizado. Os furtos foram cometidos em um hotel de luxo e em um escritório de arquitetura situado dentro de um shopping na Barra da Tijuca.
Após análise das imagens, a polícia localizou Mendes em sua cobertura em um condomínio de luxo, também na Barra da Tijuca. Ele tentou fugir, mas foi detido. O ex-CEO foi levado para a 16ª DP (Barra da Tijuca) e, posteriormente, transferido para a cadeia pública José Frederico Marques, em Benfica, onde aguarda audiência de custódia.
De acordo com a polícia, no momento dos crimes, Mendes vestia jaqueta refletiva, boné vermelho e calça preta, e utilizou uma motocicleta, que foi apreendida. Em depoimento, o empresário admitiu os furtos, alegando que o fez devido a uma dívida, sem, contudo, identificar o suposto devedor.
As imagens de segurança mostram Mendes cometendo o primeiro furto em um hotel de luxo, por volta das 2h30, de onde subtraiu um quadro. Às 3h30, ele foi flagrado no escritório de arquitetura tentando levar diversos quadros. Após chamar um táxi, ele amarrou as obras no teto do veículo, mas foi impedido de seguir pelos seguranças do shopping, que desconfiaram da movimentação. Mendes fugiu na motocicleta. Às 8h30, retornou ao hotel para furtar mais um quadro e as esculturas.
João Ricardo Mendes iniciou sua trajetória empreendedora aos 18 anos, com uma barraca de bebidas na Praia do Pepê. Após um intercâmbio em Londres, fundou o Hotel Urbano, que se tornou o Hurb em 2011, aproveitando a onda das compras coletivas para vender pacotes de viagens. A empresa enfrentou dificuldades financeiras durante a pandemia, vendendo pacotes abaixo do valor de mercado e tendo problemas para cumprir os contratos. Em 2023, Mendes renunciou ao cargo de CEO após ser flagrado ameaçando e xingando clientes em grupos de WhatsApp, além de vazar seus dados. No mesmo ano, foi denunciado por um ex-funcionário por ameaça, injúria racial, humilhação e calúnia.
