Mais de 60 pessoas morrem após bombardeio dos EUA no Iêmen

Um ataque aéreo dos Estados Unidos em um centro de detenção de migrantes na cidade de Sadah, no norte do Iêmen, resultou na morte de 68 pessoas e deixou 47 feridos, segundo informações divulgadas nesta segunda-feira (28) por um veículo de comunicação ligado aos rebeldes houthis. Sadah é considerada um reduto dos rebeldes.
A emissora Al Masirah reportou que a Defesa Civil local confirmou a morte de 68 migrantes africanos e o ferimento de outros 47, vítimas de uma "agressão dos Estados Unidos" contra um centro que abrigava migrantes ilegais.
Desde janeiro de 2024, as forças armadas americanas têm realizado ataques contra posições dos houthis no Iêmen, com o objetivo de conter o lançamento de mísseis e drones contra Israel e navios mercantes no Mar Vermelho, ações que têm impactado o comércio global.
A ofensiva contra os rebeldes, que contam com o apoio do Irã, foi intensificada a partir de 15 de março, no âmbito da operação "Rough Rider". No domingo, o exército americano anunciou ter atingido mais de 800 alvos no Iêmen desde meados de março, resultando na morte de centenas de "combatentes", incluindo líderes do grupo.
Os houthis, que controlam extensas áreas do Iêmen, iniciaram ataques contra o transporte marítimo no final de 2023, em apoio aos palestinos na Faixa de Gaza. O grupo também tem reivindicado a realização de ataques diretos com mísseis contra o território israelense.