Porto de Aratu: GDK novamente sob investigação por supostos crimes de combustível e drogas

Publicado em 23/09/2025 às 03:06:25
Porto de Aratu: GDK novamente sob investigação por supostos crimes de combustível e drogas

A antiga gestora do Porto Organizado de Aratu, a GDK, alvo de uma operação da Polícia Civil em 2024, volta a ser investigada por um possível esquema criminoso em suas antigas instalações. Há pelo menos dois anos e meio, atividades ilícitas como comercialização indevida de combustíveis e venda de entorpecentes estariam ocorrendo na área sob responsabilidade da empresa.

Denúncias direcionadas ao delegado titular da 20ª delegacia territorial de Polícia Civil, em Candeias, revelam indícios de uma possível ligação duto viária com o Porto Organizado (Codeba), sugerindo o desvio de produtos químicos. Equipamentos sofisticados de mergulho foram encontrados, levantando suspeitas de seu uso no tráfico de drogas, dada a proximidade com navios internacionais.

Em 2024, a Polícia Civil da Bahia já havia desarticulado um grupo criminoso atuante nas dependências da Codeba, fato divulgado pelo portal Informe Baiano. A GDK S/A Massa Falida, acionista majoritário da antiga proprietária, alegou um contrato de comodato com a Word Transporte LTDA para justificar a presença no local, porém, o documento nunca teria sido apresentado. O atual administrador da Massa Falida nega a existência do contrato, e o acionista da GDK, Cesar Oliveira, é apontado como possível articulador para ocultar a relação da empresa com as atividades suspeitas.

A denúncia, formalizada no final de julho, solicita providências para apurar ilícitos cometidos antes da posse da nova gestora e possíveis crimes contínuos no entorno do Porto.

**Operação de 2024:** Informações indicam que, durante a chegada de navios com Nafta ao Porto de Aratu, criminosos pagavam cerca de R$ 250 mil para retirar o material em alto mar através de balsas clandestinas. Carregadas, as balsas atracavam na área da GDK, onde caminhões-tanque eram abastecidos e transportavam a Nafta para galpões em Candeias, Camaçari e Dias D’Ávila.

O local também seria usado para envio de drogas para o exterior, em conjunto com facções como o PCC e Bonde do Maluco (BDM). Um dos líderes do esquema, conhecido como "Charutinho", preso recentemente, controlava uma cooperativa na Caroba (Candeias) e dominava as transações irregulares no Porto de Aratu.

Na operação de 2024, três homens foram presos em flagrante transportando 126 mil litros de Nafta em três caminhões-tanque. Eles seriam o chefe da organização, um comprador e um intermediário.