PP na AL-BA: Após Federação com União, deputados buscam "casamento perfeito" para 2026; veja possibilidades

A Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) se prepara para mudanças significativas com a iminente desfiliação dos deputados estaduais do Progressistas (PP), motivada pela confirmação da federação com o União Brasil. Buscando um novo lar partidário que lhes garanta a permanência na base de apoio ao governador Jerônimo Rodrigues (PT) e, consequentemente, maiores chances de reeleição em 2026, os parlamentares do PP iniciaram uma intensa busca pelo "casamento perfeito".

O cenário político baiano se mostra favorável, com Jerônimo Rodrigues reunindo o apoio de 11 partidos na AL-BA. Um exemplo recente dessa dinâmica é o retorno do PDT à base governista, mesmo com a resistência do deputado Emerson Penalva, único representante do partido na Assembleia.

Nos bastidores, deputados do PP confirmaram ter recebido convites de diversas legendas desde o início das negociações para a formação da federação "União Progressista". O deputado Felipe Duarte, inclusive, já se considera um membro do Avante, aguardando a janela partidária do próximo ano para formalizar sua filiação.

Apesar do assédio, a decisão final dos parlamentares do PP não será simples. A análise do quociente eleitoral de cada partido e a avaliação da concorrência interna por vagas na Assembleia Legislativa são fatores cruciais a serem considerados. Em outras palavras, é preciso "fazer as contas" para garantir a reeleição.

Diante desse quadro, surge a questão: quais partidos da base governista oferecem as melhores condições para que os deputados do PP renovem seus mandatos em 2026? Para responder a essa pergunta, o *[Nome do veículo]* analisou o desempenho eleitoral de cada legenda em 2022 e construiu um cenário hipotético para cada parlamentar progressista.

Entre os 11 partidos da base de Jerônimo Rodrigues com representação na AL-BA (PT, PCdoB, PV, PDT, PSD, PSB, Avante, PRD, Podemos, Solidariedade e MDB), o MDB apresentou a maior "nota de corte" nas eleições de 2022, com Matheus Ferreira sendo eleito com 60.214 votos. Já o Solidariedade elegeu Pancadinha com 27.338 votos, a menor votação entre os eleitos.

A análise revela que todos os deputados do PP teriam condições de se eleger por alguma sigla da base governista, uma vez que Antônio Henrique Júnior, o menos votado entre eles, obteve 49.882 votos em 2022. Niltinho, Nelson Leal, Eduardo Salles e Hassan, por exemplo, poderiam se eleger em qualquer partido da base de Jerônimo, já que Hassan superou a votação mínima do MDB com 60.718 votos.

Felipe Duarte e Antonio Henrique Jr., por outro lado, teriam mais dificuldades na escolha, uma vez que suas votações em 2022 (51.187 e 49.882 votos, respectivamente) os deixariam de fora de partidos como MDB, PSB, PDT e PSD. Restariam, portanto, a Federação Brasil da Esperança (PT, PCdoB e PV), Avante, Solidariedade, Patriota e Podemos, sendo que a maior nota de corte entre esses partidos foi a de Binho Galinha (PRD), com 49.834 votos.

No momento, Avante e PDT se destacam como os destinos mais prováveis para os deputados do PP, mas outras legendas não estão descartadas. A decisão final dependerá de consultas com lideranças políticas regionais e da avaliação de possíveis novas federações e fusões partidárias.