Quadrilhas juninas ganham destaque no São João da Bahia; figurinista da Balão Junino ressalta desafios e resistência cultural

A noite deste domingo (22) no Parque de Exposições, em Salvador, além dos concertos musicais, celebrou a rica tradição das festas juninas com apresentações de quadrilhas. Entre as atrações que encantaram o público, destacou-se a quadrilha Balão Junino, que impressionou com seus elaborados figurinos e coreografias primorosamente ensaiadas.

Em conversa com o BN, Vinícius, figurinista e membro da Balão Junino, compartilhou os bastidores da preparação para a temporada de 2025, evidenciando os desafios inerentes à preservação da cultura popular. "Foi difícil. O figurino é algo que já venho planejando desde que entrei na junina, há seis anos. Desenhamos o figurino, mudamos a identidade, mas graças a Deus deu certo", revelou.

Vinícius explicou que o trabalho é uma constante, iniciando bem antes do período junino. "Terminamos uma temporada e já iniciamos outra. Começamos a ensaiar em setembro, diante de entra e sai do grupo, mas deu certo e nosso grupo é grande."

Apesar de contar com algum apoio, ele enfatizou o alto custo de produção das quadrilhas. "Temos apoio, sim, mas quadrilhas juninas são muito caras. Os figurinos são caros, então fazemos rifas, saímos nas ruas pedindo que o comércio nos ajude, para poder fazermos um trabalho de verdade na rua", comentou.

Para Vinícius, a participação das quadrilhas transcende a mera celebração, configurando-se como um ato de resistência cultural. "Não podemos jamais deixar a cultura junina morrer. Sempre estamos lembrando que cultura é resistência", concluiu.