Se Irã não quiser a paz, novos ataques serão muito maiores, diz Trump

Em um pronunciamento oficial, o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou que o ataque americano contra o Irã teve como objetivo principal a neutralização da capacidade de enriquecimento nuclear de Teerã. Trump anunciou que os Estados Unidos não hesitarão em atingir outros alvos "com precisão, velocidade e habilidade" caso o país persa não opte pela paz.
"As principais instalações de enriquecimento nuclear do Irã foram completa e totalmente destruídas", afirmou Trump na Casa Branca, na presença do vice-presidente J. D. Vance, do secretário de Estado Marco Rubio e do secretário de Defesa Pete Hegseth. Ele acrescentou: "O Irã, o valentão do Oriente Médio, deve agora fazer a paz. Se não o fizer, futuros ataques serão muito maiores e bem mais fáceis."
O presidente reiterou que o objetivo de Washington era "a destruição da capacidade de enriquecimento nuclear do Irã e a interrupção da ameaça nuclear representada pelo maior patrocinador estatal do terrorismo no mundo", citando os 40 anos de proclamações iranianas de "Morte à América, morte a Israel".
O anúncio ocorreu nove dias após Israel ter iniciado ações contra o rival, confirmando que bombardeiros americanos atacaram instalações do programa nuclear iraniano neste sábado. Trump informou, através da rede Truth Social, que um "complemento inteiro de bombas foi lançado no alvo primário, Fordow", classificando a operação como um ataque "muito bem-sucedido" e declarando que "AGORA É TEMPO PARA A PAZ". Ele também replicou uma mensagem celebrando a destruição de Fordow, marcando a primeira ação de grande vulto dos EUA contra o Irã desde a Revolução Islâmica de 1979, após uma série de incidentes pontuais.
O presidente também fez um ultimato, afirmando que os iranianos deveriam aceitar um acordo imediatamente, sob pena de novos ataques, que, segundo ele, seriam "muito mais fáceis".
A movimentação americana vinha sendo especulada desde o meio da semana, após Trump ter retirado o distanciamento da ação israelense, que foi inédita em sua escala nos últimos 46 anos de tensões com a República Islâmica. Trump chegou a ameaçar diretamente o líder iraniano, aiatolá Ali Khamenei.
Na quinta-feira, o presidente havia indicado que a decisão seria tomada em duas semanas, um prazo que se revelou uma distração diante da pressão interna de sua base política, contrária ao envolvimento dos EUA em o que Trump chamava de "guerras inúteis".
Durante seu pronunciamento, Trump fez referência ao general Qassim Suleimani, morto em um ataque americano durante seu primeiro mandato, lembrando dos ataques do Irã contra americanos, incluindo mortes por bombas nas estradas.
Por fim, o presidente agradeceu e parabenizou o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, que momentos antes havia descrito a ação dos EUA contra o Irã como uma "inflexão na história".