Sem celular, portugueses ficaram mais de uma hora sem conseguir se informar sobre apagão

Lisboa já enfrentava um caos matinal devido à greve da Comboios de Portugal, quando, às 11h30 (horário local), um apagão de grandes proporções agravou a situação. A falha de energia paralisou semáforos, fechou supermercados e forçou hospitais e aeroportos a acionarem geradores, elevando o estado de alerta das autoridades de segurança, temendo distúrbios em presídios.
Durante cerca de uma hora, a maioria dos portugueses ficou no escuro, sem informações. As redes móveis colapsaram, impossibilitando o acesso a notícias ou comunicação via aplicativos.
Por volta das 12h30, as comunicações foram parcialmente restabelecidas, mas de forma instável: o sinal oscilava, dificultando o envio de e-mails e a navegação em sites de notícias.
As informações disponíveis indicavam que o apagão afetava toda a Península Ibérica e partes da França e Bélgica. Paralelamente, notícias falsas, como a de um ataque cibernético russo, se espalhavam rapidamente.
Diversas escolas suspenderam as aulas, solicitando aos pais que buscassem os filhos, conforme noticiado pelo jornal Expresso. O metrô, principal meio de transporte da cidade, ficou paralisado, assim como os tradicionais "eléctricos" (bondes). Próximo das 15h, a energia ainda não havia sido totalmente restaurada, e as comunicações permaneciam precárias.
O comércio sofreu um duro golpe, com muitas lojas fechando as portas e as que permaneceram abertas aceitando apenas dinheiro em espécie, devido à falha no sistema bancário. Com os supermercados fechados, estabelecimentos de imigrantes indianos e chineses se tornaram pontos de venda de frutas e velas. Farmácias enfrentavam dificuldades para dispensar medicamentos controlados, devido à inacessibilidade ao sistema de receitas médicas.