Semana tem Lula sendo cobrado por definição sobre Lupi, recurso de Glauber na CCJ e prisão de Collor em julgamento

Publicado em 28/04/2025 às 14:11:31
Semana tem Lula sendo cobrado por definição sobre Lupi, recurso de Glauber na CCJ e prisão de Collor em julgamento

A semana encurtada pelo feriado do Dia do Trabalho não diminui a intensidade das atividades em Brasília, com os três poderes envolvidos em temas cruciais para o futuro político e econômico do país.

No Congresso, a articulação partidária para as eleições de 2026 ganha destaque com o anúncio da federação entre PP e União Brasil, que promete criar a maior bancada do parlamento, somando 13 senadores e 108 deputados. Paralelamente, o PSDB define seu futuro em reunião para decidir sobre a fusão com o Podemos, visando a construção de um bloco político mais amplo.

Enquanto isso, no Palácio do Planalto, o presidente Lula cumpre agenda com o governador do Paraná, Ratinho Junior, um potencial adversário nas próximas eleições. Além disso, Lula enfrenta pressões para tomar uma posição em relação ao ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, em meio ao escândalo dos descontos irregulares nos benefícios de aposentados.

No âmbito legislativo, a Câmara dos Deputados terá uma semana intensa, com a votação de diversos projetos, incluindo o recurso contra a cassação do deputado Glauber Braga (Psol-RJ), acusado de quebra de decoro.

A agenda do Poder Executivo inclui a tradicional reunião de Lula com o ministro da Secretaria de Comunicação, além de cerimônia de assinatura de contratos de concessão de rodovias no Paraná, com a presença de Ratinho Júnior e do ministro dos Transportes, Renan Filho. Lula também deve se reunir com auxiliares para discutir a situação de Carlos Lupi.

Está previsto um encontro do presidente com representantes de entidades e centrais sindicais, após a "Marcha da Classe Trabalhadora". No entanto, Lula já sinalizou que não deve comparecer ao ato do Dia do Trabalho em São Paulo, marcando uma possível ausência inédita desde seu retorno à presidência.

No cenário internacional, o Brasil sedia a reunião de chanceleres dos países do Brics, com foco nas políticas tarifárias dos Estados Unidos.

Na agenda econômica, a semana será marcada pela divulgação de dados sobre o mercado de trabalho, com o IBGE apresentando a taxa de desemprego de março e o Ministério do Trabalho divulgando o Caged.

No Congresso, a Câmara dos Deputados antecipou as sessões deliberativas para votar uma pauta de 21 projetos, priorizando aqueles que ficaram pendentes. Entre os temas em discussão estão projetos sobre o manejo integrado do fogo, a prevenção da violência escolar e o uso consciente da tecnologia digital.

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara deve avaliar o recurso do deputado Glauber Braga contra sua cassação, enquanto outra reunião da CCJ agendada para quarta-feira (30), deve analisar o recurso apresentado pelo PL para suspender o julgamento da ação no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o deputado Delegado Ramagem (PL-RJ).

Ministros do governo também participarão de audiências em comissões, incluindo Carlos Lupi, que prestará esclarecimentos sobre as irregularidades nos descontos de aposentados, e Ricardo Lewandowski, que discutirá a PEC da Segurança Pública. Margareth Menezes falará sobre as prioridades do Ministério da Cultura.

No Senado, as atividades em Plenário se concentrarão na terça e quarta-feira, com a votação de projetos como a PEC 81/2025, que inclui a proteção ao idoso nas competências legislativas da União, e o PL 2199/2022, que regulamenta o uso do Símbolo Internacional de Acessibilidade.

No Judiciário, o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, não agendou julgamentos presenciais, mas o plenário virtual retomará a análise da decisão que determinou a prisão de Fernando Collor de Mello.