Advogada do Maníaco do Parque se diz contra soltura prevista para 2028; entenda

Publicado em 07/05/2025 às 16:46:07
Advogada do Maníaco do Parque se diz contra soltura prevista para 2028; entenda

A advogada Caroline Landim, responsável pela defesa de Francisco de Assis Pereira, o Maníaco do Parque, levanta sérias preocupações sobre a iminente soltura de seu cliente. Após 26 anos de encarceramento, Pereira nunca recebeu acompanhamento psiquiátrico adequado, e não há laudos recentes que atestem sua condição mental. A defensora alerta para o alto risco de reincidência, dado o histórico criminal e o diagnóstico de transtorno de personalidade antissocial, considerado incurável.

Landim enfatiza a necessidade de uma avaliação psiquiátrica rigorosa, conduzida por peritos judiciais, antes que Pereira seja libertado. Ela descreve o comportamento do ex-motoboy como perturbador, mencionando suas exigências incomuns para participar de um documentário e em suas correspondências: um tratamento dentário completo, incluindo dentes de porcelana – recusando alternativas como dentaduras ou resinas –, além de um rádio e um par de patins.

A condição dentária de Francisco, agravada por uma rara condição genética chamada amelogênese imperfeita, que causa a deterioração do esmalte, o deixou completamente desdentado. Embora um tratamento possa parecer justificável, o histórico do criminoso lança uma sombra sobre o pedido: laudos do IML revelaram que ele mordeu e arrancou partes do corpo de algumas vítimas durante seus crimes.

A ausência de avaliações psicológicas durante o período de encarceramento se deve ao fato de que, no sistema penal, esses exames só são exigidos em casos de progressão de regime, o que nunca ocorreu com Pereira. Ao cumprir integralmente sua pena de 30 anos em regime fechado, o Maníaco do Parque poderá ser libertado sem qualquer avaliação psiquiátrica recente, um cenário que preocupa sua defensora e levanta questões sobre a segurança pública.