Carpini projeta Ba-Vi e cita final do Baianão como atalho para vencer: "Se repetirmos o segundo jogo, fico contente"

O técnico Thiago Carpini encontrou motivos para celebrar após a virada do Vitória por 2 a 1 sobre o Vasco, em partida válida pela 8ª rodada do Campeonato Brasileiro. A vitória no Estádio Manoel Barradas, construída com dois gols de Renato Kayzer, aliviou a pressão sobre o comandante rubro-negro, que explicou suas decisões táticas ousadas na coletiva pós-jogo.

Mesmo com a expulsão de Matheuzinho aos 32 minutos do primeiro tempo, deixando a equipe com um jogador a menos, Carpini surpreendeu ao substituir o meia Wellington Rato no intervalo. Ele detalhou a estratégia: "Imaginei que o segundo tempo seria da maneira que foi: o Vasco tomando as ações do jogo por conta da superioridade numérica. Até a expulsão, o Vitória era superior. Mas com um a menos, entendi que teríamos espaço para transição. Não adiantaria ter o Rato sem alguém que desse profundidade. O Osvaldo, por exemplo, vinha de dois jogos e já não tinha essa intensidade. Por isso apostamos na defesa mais compacta e nos espaços nas costas do Piton e do Puma".

Renato Kayzer, que entrou na etapa final e marcou os dois gols da virada, foi fundamental. Carpini chegou a se considerar "irresponsável" por ter mantido o centroavante em campo por mais tempo do que o previsto inicialmente, destacando, porém, que o cenário do jogo exigia as características do atacante.

Carpini reafirmou que o Campeonato Brasileiro é a prioridade do clube na temporada, relegando a Copa Sul-Americana a segundo plano. O próximo desafio pelo Brasileirão será o clássico Ba-Vi, no domingo (18). Para o treinador, a postura do time na segunda partida da final do Campeonato Baiano, que terminou empatada em 1 a 1 no Barradão, serve como exemplo de entrega e competitividade a ser seguido no duelo regional. "Se repetirmos o que foi a segunda partida da final do Baianão, eu já estou bem contente. Faltou só o título. O Bahia foi mais competente, mas a nossa entrega e nível de competitividade foram altíssimos. Eles só finalizaram uma vez, justamente no lance do gol. O que a gente leva de lição é aquela energia — sem extrapolar, como eu fiz naquela ocasião. Isso é um erro. Temos que jogar dentro das quatro linhas", relembrou.

Antes do clássico, Thiago Carpini comandará o Vitória na próxima quarta-feira (14) contra o Cerro Largo, pela 5ª rodada da fase de grupos da Copa Sul-Americana. O confronto será no Estádio Centenário, no Uruguai, às 21h30 (horário de Brasília).