CNI defende mais ações além da MP para conter impacto do 'tarifaço' na economia

Ricardo Albán, presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), avaliou positivamente a medida provisória assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que visa oferecer um "respiro" aos exportadores brasileiros afetados por tarifas. No entanto, Albán ressaltou que essa iniciativa não deve ser a única ação para mitigar possíveis impactos na economia nacional.

"O respiro, mas nós precisamos, não é só respirar, nós precisamos caminhar", afirmou Albán. Ele citou declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre a possibilidade de novas medidas serem implementadas caso as atuais não sejam suficientes ou não alcancem todas as empresas impactadas. "E que a gente tem que fazer o acompanhamento mesmo dessas medidas para que elas cheguem na medida certa, no tamanho certo e nas demandas certas", completou.

O líder industrial também dirigiu críticas à atuação do Banco Central no auxílio para lidar com as tarifas impostas pelos Estados Unidos. "Não justifica nós termos 10% de spread dentro da faixa Selic, não justifica. Não existe nenhuma racionalidade econômica", criticou, mencionando a política fiscal e um "spread inadmissível". Albán expressou preocupação com a falta de outras ferramentas monetárias para administrar os juros. Para ilustrar, ele citou o índice de crescimento das vendas do comércio varejista, que atingiu 2,5% no varejo amplo, como um exemplo da complexidade da situação econômica.