Desemprego sobe a 7% no primeiro trimestre, e renda volta a bater recorde

O Brasil registrou um aumento na taxa de desemprego, que atingiu 7% no primeiro trimestre de 2025, segundo dados do IBGE. Apesar da alta em relação aos 6,2% do trimestre anterior, o índice é o menor para o período desde o início da série histórica da Pnad Contínua, em 2012.

O aumento do desemprego no início do ano é considerado sazonal, impulsionado pela busca por novas oportunidades após o término de contratos temporários. O resultado veio em linha com as projeções do mercado financeiro.

O IBGE apontou que a alta do desemprego foi influenciada pela redução de postos de trabalho informais, enquanto a renda média dos ocupados atingiu um novo recorde, chegando a R$ 3.410 mensais.

Especialistas avaliam que o mercado de trabalho demonstra resiliência, mesmo diante de um cenário econômico desafiador, com juros altos e inflação. A população desempregada no período foi estimada em 7,7 milhões de pessoas, um aumento de 13,1% em relação ao trimestre anterior.

A população ocupada teve uma leve queda de 1,3%, com a maior parte da redução vindo do setor informal. O emprego com carteira assinada se manteve estável. A taxa de informalidade recuou para 38%.

A renda média dos trabalhadores atingiu um novo recorde, impulsionada pela força do emprego formal. O mercado de trabalho aquecido tem sido um estímulo para o consumo, mas o Banco Central tem elevado a taxa de juros para conter a inflação.

Analistas projetam que o mercado de trabalho permanecerá forte ao longo de 2025, apesar da esperada desaceleração da economia.