Chapada Diamantina: Jovens da Ipupiara Criam Pomada e Xarope de Aroeira com Apoio Científico

Publicado em 04/08/2025 às 17:22:39
Chapada Diamantina: Jovens da Ipupiara Criam Pomada e Xarope de Aroeira com Apoio Científico

Ipupiara, na Chapada Diamantina, é o palco de uma promissora iniciativa científica: dois jovens estudantes, Marcos Wesdras e Ana Kaylla, do Colégio Democrático Estadual Castro Alves, desenvolveram uma pomada e um xarope utilizando a aroeira, planta nativa reconhecida por suas propriedades medicinais. Sob a orientação do professor Edippo Geovanni Dias, o projeto busca unir o conhecimento popular ao rigor científico, visando oferecer à população soluções naturais e de baixo custo para questões de saúde.

A aroeira, tradicionalmente empregada por comunidades locais no tratamento de inflamações, feridas, queimaduras leves e infecções cutâneas, possui na sua casca compostos bioativos com comprovadas ações cicatrizantes, anti-inflamatórias e antimicrobianas. Segundo o professor Edippo Dias, estas características fazem da planta um recurso valioso para o cuidado com a pele.

"Essas características tornam a planta muito útil no tratamento de feridas, queimaduras leves, infecções de pele e irritações, sendo a casca a principal fonte desses compostos bioativos", explicou Dias. A Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) informa que a inspiração para o projeto veio da observação atenta das práticas de saúde transmitidas pelos moradores mais antigos da região.

"Nossa principal motivação foi valorizar o saber popular, integrando-o ao conhecimento científico, além de desenvolver um produto natural e acessível que pudesse, futuramente, beneficiar a saúde da população", declarou a estudante Ana Kaylla. Atualmente, os produtos desenvolvidos pela dupla estão em fase de testes iniciais.

Com o suporte da Secretaria da Educação da Bahia (SEC), o projeto almeja expandir suas ações. A próxima fase inclui o aprimoramento das formulações da pomada e do xarope, bem como a prospecção de parcerias com universidades e centros de pesquisa. "Queremos expandir o projeto e desenvolver outros produtos à base de plantas medicinais", concluiu Ana.