Ex-dirigentes do Inter condenados por desvios; Ferreira pega mais de 10 anos de prisão

A Justiça condenou nesta terça-feira (5) Emídio Marques Ferreira, ex-vice-presidente de patrimônio do Internacional, a uma pena de dez anos e seis meses de reclusão em regime fechado. A condenação refere-se a crimes cometidos durante seu exercício no cargo entre 2015 e 2016. Ferreira também foi sentenciado a indenizar o clube em R$ 607 mil, em função de sua participação em um esquema de desvio de verbas.

Segundo investigações conduzidas pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS), Ferreira, ao lado de Vitorio Piffero, ex-presidente do clube, e Pedro Affatato, ex-vice-presidente de finanças, teria desviado um montante superior a R$ 13 milhões. Todos os três foram obrigados a ressarcir o valor.

Vitorio Piffero recebeu uma condenação de 12 anos e três meses de detenção, além de multa correspondente a 135 salários mínimos, por crimes de lavagem de dinheiro e estelionato. A defesa de Piffero sustenta sua inocência e alega falta de provas suficientes para a condenação.

Pedro Affatato foi sentenciado a uma pena de 76 anos, um mês e 15 dias de reclusão, com o pagamento de 675 salários mínimos. Sua condenação abrange os mesmos crimes de lavagem de dinheiro e estelionato, acrescidos da acusação de organização criminosa. A advogada de Affatato declarou que se manifestará exclusivamente nos autos do processo.

As sentenças são desdobramentos da Operação Rebote, deflagrada pelo MP-RS, que investigou irregularidades na gestão do clube durante o biênio em questão, com foco principal em obras de reforma do estádio Beira-Rio. É importante notar que as decisões ainda são passíveis de recurso por parte dos dirigentes.