Hamilton dispara contra nova regra das asas na Fórmula 1: "Desperdício de dinheiro"

Publicado em 01/06/2025 às 17:40:51
Hamilton dispara contra nova regra das asas na Fórmula 1: "Desperdício de dinheiro"

A implementação de uma nova regra que limita a flexibilidade das asas dianteiras na Fórmula 1 não alterou significativamente o cenário competitivo da categoria. No Grande Prêmio da Espanha, a McLaren manteve seu domínio, uma situação que gerou insatisfação em Lewis Hamilton, piloto da Ferrari.

"Pilotei no simulador e foi praticamente a mesma coisa. Um pouco mais de falta de tração na frente em alta velocidade. O equilíbrio definitivamente não é tão bom quanto tínhamos antes... Não melhorou nada... Que desperdício de dinheiro! Desperdiçamos o dinheiro de todos", criticou o heptacampeão, que largou da quinta posição no circuito de Barcelona.

A diretriz mais rígida, oficializada após oito etapas, reduz a deflexão permitida da asa dianteira. O limite de tolerância na parte principal caiu de 15 mm para 10 mm, enquanto nas bordas da peça, o máximo agora é de 3 mm, ante os 5 mm anteriores.

A Federação Internacional de Automobilismo (FIA) justificou a mudança pela busca por maior igualdade aerodinâmica. Asas mais flexíveis geram mais downforce em curvas e menos arrasto em retas, conferindo uma vantagem considerável. A pressão para o endurecimento da regra partiu principalmente de equipes como Red Bull e Ferrari, que questionavam a solução da McLaren, vista como crucial para o aumento de desempenho do time britânico.

Contudo, Hamilton afirma não ter percebido diferenças relevantes na prática após a alteração. "Literalmente não mudou nada. As asas dianteiras de todo mundo ainda se dobram, só que pela metade. E todos tiveram que fazer novas asas e gastar mais dinheiro para produzi-las [sob o novo regulamento]. Isso simplesmente... não faz sentido", disparou.

Além de Ferrari e Red Bull, outras equipes como Haas, Williams, Aston Martin e Sauber também precisaram modificar a geometria de suas asas dianteiras para se adequar à nova regra, buscando, ao mesmo tempo, manter ou aprimorar o desempenho.

Hamilton descreveu as sensações ao pilotar com a nova configuração: "Em alta velocidade é um pouco mais complicado de conduzir, mas não é algo que me incomode muito. É um pouco mais espaçoso e, em baixa velocidade, fica um pouco mais estável. A alta velocidade é um pouco mais afiada. Nada que não esperávamos", comentou.

Apesar das novas regras, o domínio da McLaren foi evidente na classificação, garantindo a primeira fila do grid no GP da Espanha de 2024, com Max Verstappen, da Red Bull, na sequência.

O piloto da Ferrari concluiu sua crítica resumindo a percepção geral no paddock: "As equipes podem obter [o resultado gerado por asas mais flexíveis] de diferentes maneiras; mecanicamente, todo mundo tem alguma maneira de conseguir isso de um jeito ou de outro, enquanto antes, a asa dianteira por si só estava fazendo um pouquinho mais o mesmo trabalho. Pra gente não mudou muita coisa".

No grid de Barcelona-Catalunha, Oscar Piastri, da McLaren, conquistou a pole position. O brasileiro Gabriel Bortoleto, da Sauber, alcançou sua melhor posição de largada na Fórmula 1 até o momento, partindo da 12ª colocação. Por outro lado, o canadense Lance Stroll ficou fora da corrida devido a dores na mão e no punho.

A disputa pelo título de pilotos segue acirrada. Piastri lidera o campeonato com 161 pontos, seguido de perto pelo companheiro Lando Norris, que soma 158. Max Verstappen aparece em terceiro, com 136 pontos. Bortoleto busca somar seus primeiros pontos na temporada de 2024.

O GP da Espanha, nona etapa de 2024, contou com transmissão ao vivo na TV aberta pela Band e na TV fechada pelo Bandsports.