Obra na Gamboa de Baixo recebe nova autorização ambiental para requalificação e implantação de píer

A Superintendência de Obras Públicas de Salvador (Sucop) obteve a renovação da autorização ambiental para dar continuidade às intervenções na Gamboa de Baixo, bairro situado às margens da Baía de Todos-os-Santos. A licença, concedida pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedur), tem validade de dois anos e permite que a Sucop avance no projeto de requalificação da área.

O projeto prevê a construção de um píer com 26 metros de extensão sobre a baía, estrutura que visa melhorar o acesso para embarcações e impulsionar atividades turísticas e econômicas na região.

As obras são de responsabilidade da Construtora Bahiana de Saneamento LTDA (CBS), empresa vencedora da licitação divulgada pela prefeitura em setembro do ano passado. O investimento municipal no contrato ultrapassa os R$ 17,6 milhões.

A revitalização da orla da Gamboa inclui a reconstrução de uma contenção, inaugurada em 2022, que agora será integrada a novos espaços de convivência. Segundo informações da Fundação Mário Leal Ferreira (FMLF), o projeto prevê a implantação de praças, parques infantis e estruturas de apoio essenciais para restaurantes e pescadores da região.

A Gamboa possui um histórico significativo para Salvador, sendo considerada um dos primeiros espaços habitáveis devido à sua proximidade com o antigo porto do Comércio. A construção da Avenida Lafayete Coutinho (Contorno), em 1962, definiu os limites atuais entre Gamboa de Baixo e Gamboa de Cima, ambas adjacentes ao tradicional bairro Dois de Julho.

O cenário da Gamboa de Baixo é marcado também pelos remanescentes do Forte São Paulo, edificado em 1722 como parte da defesa da cidade. As ruínas da fortaleza são, até hoje, ponto de encontro e atividades comunitárias.

A comunidade, abraçada pela Baía de Todos os Santos, é conhecida por seus bares, restaurantes e pelo píer, intensamente utilizado tanto por visitantes quanto por moradores, muitos dos quais vivem da pesca. A prefeitura justifica o projeto apontando que "a requalificação urbana desta área irá promover ampla utilização do espaço, inclusive sua funcionalidade para estes moradores", destacando o benefício direto para quem reside e trabalha no local.