PGR recomenda prisão domiciliar de Roberto Jefferson; Moraes vai decidir

A Procuradoria-Geral da República (PGR) manifestou-se favoravelmente, nesta sexta-feira (9), à conversão da prisão preventiva do ex-deputado federal Roberto Jefferson em regime domiciliar.
A recomendação, divulgada no final do dia, justifica-se pelo delicado estado de saúde de Jefferson. O documento da PGR enfatiza a "inviabilidade de realização do tratamento no âmbito do sistema carcerário", baseando-se em relatórios médicos anexados pelo Hospital Samaritano Botafogo, onde o ex-deputado está internado desde agosto de 2023.
O hospital reporta um quadro clínico complexo, incluindo crises convulsivas, elevação de marcadores de necrose miocárdica, infecções recorrentes do trato urinário, desnutrição calórico-proteica com alto risco, pós-operatório tardio de cirurgia bariátrica, episódios de colangite, possível foco de infecção na cavidade oral e síndrome depressiva grave.
Apesar de a prisão preventiva e a internação hospitalar terem sido mantidas em decisões anteriores, a palavra final sobre a mudança de regime prisional caberá ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O magistrado solicitou ao hospital informações sobre a possibilidade de Jefferson retornar ao sistema penitenciário.
Roberto Jefferson é réu por tentativa de homicídio, ocorrida em outubro de 2022, quando disparou contra agentes da Polícia Federal que cumpriam um mandado de prisão em sua residência, em Comendador Levy Gasparian (RJ). Ele foi condenado a nove anos, um mês e cinco dias de prisão.