Presidente da CNI vê alívio em MP, mas cobra ações adicionais para mitigar "tarifaço"

Ricardo Albán, presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), avaliou positivamente, nesta quarta-feira (13), a medida provisória editada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), afirmando que ela proporcionará um "respiro" aos exportadores brasileiros afetados pelo "tarifaço". No entanto, Albán ressaltou que esta iniciativa não deve ser a única frente de atuação para evitar um impacto negativo na economia do país.

"O respiro, mas nós precisamos, não é só respirar, nós precisamos caminhar", declarou Albán, citando a possibilidade de novas medidas caso as atuais não sejam suficientes. Ele enfatizou a necessidade de um acompanhamento rigoroso para garantir que as ações atendam às demandas corretas e na proporção adequada.

Em outro ponto, o presidente da CNI criticou a atuação do Banco Central no que diz respeito ao suporte econômico diante das tarifas impostas pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. "Não justifica nós termos 10% de spread dentro da faixa Selic, não justifica. Não existe nenhuma racionalidade econômica", criticou Albán, apontando para a falta de outras ferramentas monetárias para a administração de juros, mesmo diante de um cenário fiscal desafiador. Ele também mencionou o índice de crescimento das vendas do comércio varejista, destacando um "caixa de 2,5%" no varejo amplo como um ponto de preocupação.