Residência de alto padrão do ex-senador ACM em Brasília gera polêmica por abandono e focos de dengue

Uma residência de alto padrão em um bairro nobre de Brasília, pertencente ao falecido ex-senador Antônio Carlos Magalhães (ACM), tem gerado preocupação entre os vizinhos. O imóvel, considerado abandonado desde o falecimento de ACM em 2007, apresenta problemas de contaminação por cupins e mosquitos transmissores de dengue, além de sinais de ferrugem. A situação foi detalhada em reportagem da Revista Veja, publicada neste domingo (10).

A casa, que tem sido descrita como "mal assombrada" pela vizinhança, motivou a entrega de um abaixo-assinado aos órgãos de fiscalização do Distrito Federal. Os moradores buscam providências após a notificação de mais de 36 casos de dengue na região em 2022. Apesar disso, as autoridades não teriam comparecido para receber a notificação.

Localizada a cerca de 10 quilômetros do Congresso Nacional, a residência foi o lar de ACM até seu falecimento. O imóvel possui aproximadamente 782 metros quadrados de área construída e, mesmo em estado de abandono, seu valor estimado ultrapassa os R$ 10 milhões.

Procurado pela reportagem, o ex-prefeito de Salvador, Antônio Carlos Magalhães Neto (ACM Neto), explicou o motivo para o imóvel permanecer intocado há quase duas décadas. Segundo ele, a casa está abandonada devido a um processo de judicialização relacionado ao inventário de seu avô, o que impede qualquer intervenção no local.

Antônio Carlos Magalhães deixou um espólio avaliado em R$ 345 milhões na época de seu falecimento. O conjunto de bens herdados pelos seus herdeiros inclui, além da mansão em Brasília, emissoras de TV e rádio, uma gráfica, uma construtora, ações e recursos financeiros.