Rogério Ceni explica time misto contra o Flamengo: “Tem relação com o jogo pela Libertadores”

O Flamengo superou o Bahia por 1 a 0 no último sábado (10), em partida válida pela oitava rodada do Campeonato Brasileiro, disputada no Maracanã. O gol solitário de Arrascaeta garantiu a vitória rubro-negra e estendeu a incômoda marca do técnico Rogério Ceni, que chegou ao 16º jogo sem conseguir vencer o clube carioca.
Em entrevista coletiva após o confronto, Ceni explicou a estratégia de escalar um time considerado misto, citando os desfalques na equipe e a prioridade dada ao compromisso pela Copa Libertadores no meio da semana. “As escolhas têm relação com quarta-feira e com o elenco que foi montado. Não seria fácil com o Flamengo aqui de maneira alguma. A gente teve a lesão do Ademir, os dois laterais-direitos estão machucados, o Erick suspenso, e o Nico já tinha jogado como lateral. Acho até que ele fez a função bem. O Rezende entrou no meio de campo para o lugar do Nico e nos ajudou com a altura. E hoje com o Lucho para tentar ter mais energia e pressionar um pouco mais”, justificou o treinador.
Ainda na avaliação do desempenho tricolor, Ceni lamentou o resultado, considerando o jogo crucial para a sequência da temporada. “No começo do jogo suportamos bem a pressão, com exceção do lance do gol. Fomos apertados na saída de jogo, tentamos bolas longas, acho que fomos nos acertando dentro do jogo. Uma pena, um jogo importante, assim como também serão os próximos”, analisou.
Questionado diretamente sobre seu histórico negativo contra o Flamengo, que se soma a um tabu de 14 anos sem vitórias do Bahia no Rio de Janeiro, Ceni foi enfático. “Incomoda muito. Incomoda bastante sim. É extremamente desagradável. Mostra a força que o Flamengo tem. Incomoda qualquer profissional não vencer. Vamos trabalhar para no jogo de volta colocar fim nessa estatística”, afirmou o técnico.
Rogério Ceni também dirigiu críticas à atuação do árbitro Anderson Daronco, especialmente nos acréscimos da partida, e comentou o desgaste físico da equipe após a expulsão de um jogador adversário. “O árbitro segurou muitos minutos no chão e não teve coragem de dar mais minutos depois de levantar a placa. Mais ou menos 60% desse tempo foi de jogo parado. E também porque quando teve a expulsão a gente não tinha mais trocas. Os jogadores estavam cansados. Até tivemos uma escapada, uma finalização, mas depois de correr 85 minutos atrás do Flamengo a gente já estava cansado. Aí ainda tem o lance do VAR que dá aquela esfriada no jogo, que é tradicional quando precisa aqui no Maracanã. Dá aquela tranquilizada. Depois o jogador cai, e o juiz não dá mais acréscimo, tudo dentro dos padrões como é”, declarou.
O foco do Bahia agora se volta para a Copa Libertadores. A equipe enfrenta o Atlético Nacional na próxima quarta-feira (14), às 19h, no estádio Atanasio Girardot, na Colômbia. O clube baiano lidera o Grupo F da competição e busca uma vitória para encaminhar a classificação às oitavas de final.