Salvador: hipertensão em adultos atinge 29,4% e eleva preocupação com saúde pública

Salvador figura entre as capitais brasileiras com as mais elevadas taxas de hipertensão arterial. A capital baiana ocupa a quarta posição no ranking nacional, com 29,4% da população adulta (acima de 18 anos) diagnosticada com a condição, segundo levantamento do Ministério da Saúde acessado pelo BN. O município soteropolitano fica atrás apenas de Rio de Janeiro (34,4%), Porto Alegre (33,0%) e Recife (32,6%).
O sistema de vigilância, baseado em inquérito telefônico, aponta um crescimento na frequência de adultos que relataram diagnóstico médico de hipertensão em Salvador ao longo dos anos. Entre 2006 e 2023, o índice subiu de 24,3% para 29,4%. Um aumento mais acentuado foi observado entre 2021 e 2023, com um salto de 24,03% para 29,4%. Na região Nordeste, Salvador aparece como vice-líder, sendo superada apenas por Recife.
A menor taxa de hipertensão em Salvador registrada na série histórica do levantamento foi em 2010, com 22,9%, seguida por 2013. Em termos de óbitos, o cenário nacional é igualmente preocupante. O Ministério da Saúde divulgou em maio que o número de adultos com hipertensão no Brasil aumentou 3,7% nos últimos 15 anos, passando de 22,6% em 2006 para 26,3% em 2021. A prevalência da doença cresceu 5,9% entre os homens. As mortes decorrentes da hipertensão também registraram um aumento significativo: de 23.233 óbitos em 2011 para 39.964 em 2021, um acréscimo de 72%. Entre 2010 e 2020, o Brasil contabilizou 551.262 mortes por doenças hipertensivas, sendo 292.339 mulheres e 258.871 homens.