STF permite que Virginia fique em silêncio na CPI das Bets

Publicado em 13/05/2025 às 12:05:14
STF permite que Virginia fique em silêncio na CPI das Bets

A influenciadora digital Virgínia Fonseca, de 26 anos, obteve no Supremo Tribunal Federal (STF) o direito de permanecer em silêncio durante seu depoimento à CPI das Bets, agendado para esta terça-feira (13), a partir das 11h.

O pedido, feito pela defesa da empresária, foi acatado em decisão proferida pelo ministro Gilmar Mendes. No documento apresentado ao STF, os advogados solicitaram que Virgínia não fosse obrigada a responder perguntas durante a audiência. A defesa também pediu que ela pudesse ser acompanhada integralmente por seus representantes legais, com permissão para consultá-los a qualquer momento, e que fosse dispensada de assinar termo de compromisso de dizer a verdade.

A argumentação da equipe jurídica se baseou no fato de Virgínia trabalhar intensamente com sua imagem pública. Os advogados expressaram receio de que a convocação "seja desvirtuada para que a sua imagem seja indevidamente utilizada para fins diversos daquele que ensejou a instauração da CPI das Bets".

A blogueira, com mais de 53 milhões de seguidores em uma rede social, foi convocada pela comissão devido à sua vasta popularidade e ao seu histórico de publicidade de plataformas de apostas e jogos de azar online.

Segundo a senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), relatora da CPI, a "popularidade e relevância" de Virgínia no mercado digital, exercendo forte influência sobre milhões de pessoas, podem ser relevantes para a comissão entender o funcionamento do mercado, especialmente considerando a divulgação de jogos de azar nas redes sociais.

No início de 2024, uma reportagem da revista Piauí detalhou um contrato de Virgínia com a empresa Esportes da Sorte, firmado em 2022. A matéria utilizou o termo "cachê da desgraça alheia" para descrever uma suposta cláusula contratual na qual a influenciadora receberia 30% do valor perdido por seus seguidores em apostas.

Virgínia Fonseca não se manifestou publicamente sobre as alegações contidas na reportagem da revista Piauí.



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