Trump avalia restringir vistos para brasileiros na Copa do Mundo de 2026
Um racha diplomático entre Estados Unidos e Brasil pode ter repercussões diretas na Copa do Mundo de 2026. Conforme apurado pela CNN Brasil, o presidente Donald Trump estaria cogitando restringir ou até mesmo suspender a emissão de vistos para brasileiros durante o período do torneio, que ocorrerá entre 11 de junho e 19 de julho nos Estados Unidos, Canadá e México.
A medida seria uma retaliação às recentes divergências políticas entre os dois países. Este movimento de impacto integra um pacote de ações planejadas por Trump, que inclui a já anunciada elevação de tarifas.
Indícios dessa possível mudança já foram observados em Washington, durante a visita de uma delegação de senadores brasileiros. Os parlamentares receberam vistos com prazo de permanência reduzido, o que foi interpretado como um prenúncio da nova política migratória.
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) acompanha atentamente a situação. Ciente da possibilidade de sanções, a entidade planeja dialogar com o Governo Federal, se necessário, em busca de soluções que garantam a presença da torcida brasileira no Mundial.
A FIFA ainda não emitiu um posicionamento oficial. O presidente Gianni Infantino, que goza de um bom relacionamento com Trump, declarou recentemente que "torcedores internacionais serão bem-vindos". No entanto, o vice-presidente dos EUA, JD Vance, afirmou em um evento que os visitantes "devem assistir aos jogos e voltar para casa logo após".
Além da Copa, os Estados Unidos também sediarão os Jogos Olímpicos de Los Angeles em 2028, coincidindo com o próximo mandato presidencial. Dessa forma, o cenário diplomático pode impactar não apenas o Mundial, mas também outros eventos esportivos globais.
É importante lembrar que Trump já esteve envolvido em polêmicas no futebol. Durante a cerimônia de premiação da primeira edição da Copa do Mundo de Clubes da FIFA, realizada este ano nos Estados Unidos, o presidente entregou o troféu ao capitão do Chelsea, Reece James, e infringiu protocolos ao circular livremente entre os jogadores no gramado do MetLife Stadium, em Nova Jersey. O episódio, que gerou constrangimento, ganhou repercussão internacional.
A taça em questão, confeccionada pela joalheria Tiffany & Co. com acabamento em ouro 24 quilates, permanece exposta no Salão Oval da Casa Branca. Segundo Trump, o troféu original está sob sua posse, enquanto o Chelsea recebeu apenas uma réplica após a vitória sobre o Paris Saint-Germain.
