Vitor Ferraz destaca transparência na relação do Bahia com CBF: “Não concordamos sempre”

Publicado em 04/06/2025 às 21:46:51
Vitor Ferraz destaca transparência na relação do Bahia com CBF: “Não concordamos sempre”

Em entrevista recente, Vitor Ferraz, diretor de Operações e Relações Institucionais do Bahia, abordou a relação do clube com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Ferraz destacou que, embora o Esquadrão mantenha uma relação positiva com a entidade, há divergências em relação a algumas decisões tomadas pela cúpula do futebol nacional.

O dirigente enfatizou a importância do posicionamento ativo do Bahia nas discussões sobre o futebol nacional. "O Bahia precisa estar sempre participando desse tipo de discussão para se posicionar, para contribuir e para continuar exercendo o papel de protagonismo que sempre exerceu", afirmou Ferraz. Ele explicou que a divergência de opiniões não compromete a relação institucional, mas sim a fortalece, quando baseada em critérios e análises. "A gente sempre tenta manter a melhor das relações com essas instituições, o que não significa dizer, necessariamente, que é um processo de concordância. A gente diverge em diversos momentos", completou, ressaltando que a divergência honesta "contribui muito mais do que uma concordância irracional" e reflete a postura independente e firme do clube.

Ferraz também comentou sobre o momento atual da CBF, que passa por mudanças, e a necessidade de a entidade focar nos grandes desafios do futebol brasileiro. Segundo ele, apesar das questões internas resolvidas estatutariamente e do período de reposicionamento da nova gestão, há problemas estruturais que demandam atenção urgente. "A gente tem alguns problemas macro que precisam ser enfrentados", pontuou o diretor. Entre os temas citados por Ferraz como cruciais para a evolução do esporte no Brasil estão a profissionalização da arbitragem, a discussão sobre as ligas e a autonomia dos clubes na organização de competições (modelo similar às ligas internacionais), além da implementação do fair-play financeiro. "Tem muitos temas importantes que podem e devem ser capitaneados pela CBF, que o futebol brasileiro precisa para acompanhar o movimento de evolução que a gente vem passando", concluiu.