Artistas baianos criticam gestão cultural e pedem fomento permanente

Um manifesto assinado por mais de cem artistas e produtores culturais da Bahia expressa críticas contundentes à gestão do secretário de Cultura do Estado, Bruno Monteiro. Os signatários descrevem o secretário como um "alienígena que caiu de paraquedas no cargo" e apontam que a atual política cultural do estado estaria atrelada a interesses partidários e excessivamente dependente de verbas emergenciais da pandemia.
O documento lamenta que a Bahia, "matriz da cultura brasileira" e "berço de uma das mais vigorosas expressões artísticas da América Latina", não possua uma dotação orçamentária estruturada para o setor cultural. Entre as principais reivindicações, o grupo exige a criação de políticas de fomento permanentes, a inclusão de recursos próprios no orçamento estadual, a realização periódica de editais, a continuidade de projetos culturais e a implementação do Plano Estadual de Cultura, aprovado em 2014.
O manifesto conta com a assinatura de nomes como Adler Fernandes Da Paz, Afa Neto, Albenísio Fonseca, Almandrade, Ana Aragão, André Castro, Bernard Attal, Bertrand Duarte, Chico Mazzoni, Eduardo Ayrosa, Edyala Yglesias, Gabriel Lake, Gilberto Almeida Filho, Guache Marques, Isaac Donato, Joel De Almeida, João Matos, Julio Góes, Luis Parras, Marcello Benedictis, Monica Millet, Nenno Pena, Pedro Semanovsky, Raimundo Bujão, Raimundo Laranjeira, Rita Assemany, Roberto Torres, Sergio Almeida, Susan Kalk, Thais Brito, Tiago Britto, Tuzé De Abreu, Vinícius Rodrigues ACAMB, José Carlos Torres, José Mendes Dos Santos Júnior, José Umberto Dias e José Walter Lima, entre outros.