Bahia lidera ranking de facções criminosas no Brasil; saiba quais grupos atuam no estado
A Bahia se destaca como o estado brasileiro com a maior presença de facções criminosas, reunindo pelo menos 17 grupos em seu território. Deste total, a grande maioria, 15, tem origem na própria Bahia. Apenas duas organizações notórias, o Comando Vermelho (CV), originário do Rio de Janeiro, e o Primeiro Comando da Capital (PCC), de São Paulo, são de fora do estado.
As informações foram compiladas pelo jornal "O Globo" através de um extenso levantamento que envolveu secretarias de Segurança Pública, Administrações Penitenciárias e Ministérios Públicos de todos os estados brasileiros. O mapeamento nacional identificou a existência de 64 facções distribuídas pelas 27 unidades da federação.
Na sequência da Bahia, Pernambuco figura com 12 facções, seguido por Mato Grosso do Sul, com 10. A reportagem aponta um cenário de fragmentação em Pernambuco, marcado pela disputa de espaço entre diversas facções locais. Já Mato Grosso do Sul se caracteriza por ser um importante "importador" de grupos criminosos de outros estados, com nove das doze facções interestaduais atuando em seu território. Um exemplo é o Bonde do Maluco (BDM), que, apesar de ser baiano, expandiu suas atividades para Mato Grosso do Sul e também estabeleceu um núcleo em Sergipe, estado vizinho à Bahia.
O "O Globo" também divulgou uma lista das facções com atuação na Bahia, e os principais locais de atividade identificados incluem:
* Comando Vermelho (CV) - Rio de Janeiro
* Primeiro Comando da Capital (PCC) - São Paulo
* Bonde do Maluco (BDM) - Salvador
* Primeiro Comando de Eunápolis (PCE) - Eunápolis
* Raio A - Itabuna
* Raio B - Itabuna
* Tropa do KLV - Camaçari
* Bonde do Neguinho (BDN) - Vitória da Conquista
* Bonde do SAJ - Santo Antônio de Jesus
* Honda - Juazeiro
* A Tropa - Recôncavo baiano
* Campinho (CP) - Porto Seguro
* Katiara - Salvador
* Mercado do Povo Atitude (MPA) - Porto Seguro
* Anjos da Morte (ADM) - Caraíva
* Daniel Gomes/Pedro Gerônimo/Maria Pinheiro (DPM) - Itabuna
* Mequinho e Kila (MK) - Camaçari
É importante notar que nove dos grupos listados são de origem externa à Bahia.
A matéria também ressalta a dificuldade em determinar se o número de facções no país está em ascensão ou declínio, especialmente no que diz respeito aos grupos menores. Isso se deve à falta de um critério oficial claro para distinguir uma facção criminosa de uma gangue com atuação pontual. Outro fator que complica a contagem é a existência de organizações com atuação restrita a ambientes prisionais, como o Povo de Israel (PVI) no Rio de Janeiro.
