Baiana Beatriz Ferreira bate argentina e mantém título mundial de boxe

A pugilista brasileira Beatriz Ferreira manteve o cinturão de campeã mundial dos pesos leves (até 61,235 kg) da Federação Internacional de Boxe (IBF). Em confronto realizado no último sábado (7) em Orlando, nos Estados Unidos, a atleta baiana superou a argentina Maria Ines "Dinamita" Ferreyra por decisão unânime dos juízes após dez rounds de combate. Esta foi a segunda defesa de título da lutadora de 32 anos.

As papeletas dos jurados confirmaram o domínio da brasileira, apontando as pontuações de 99-91, 98-92 e 99-91 a seu favor.

"Muito feliz com a vitória. Ela (Ferreyra) tentou me provocar antes da luta, e acho prepotente falar em nocautear, mas foi um excelente combate. Ela falou muito, mas o cinturão ficou comigo. O Brasil mostrou ser muito melhor que a Argentina neste ringue. Eu sou a dona desta categoria e meu objetivo agora é unificar os títulos, desafiando as outras campeãs", declarou Beatriz ainda sobre o ringue, logo após o resultado.

O momento que sucedeu o anúncio da vitória aqueceu a expectativa para futuros desafios. A norte-americana Stephanie Han, atual detentora do cinturão da Associação Mundial de Boxe (WBA), subiu ao ringue e protagonizou um encaramento direto com a brasileira, sinalizando um potencial duelo de unificação no horizonte.

Beatriz Ferreira conquistou o título da IBF em dezembro de 2023, ao vencer a francesa Licia Boudersa também por decisão unânime. Com um currículo que inclui duas medalhas olímpicas e o título mundial amador desde abril do ano passado, a pugilista agora ostenta um cartel profissional de sete vitórias, sendo duas por nocaute. Sua adversária, Maria Ines Ferreyra, de 28 anos, registra 11 triunfos (seis via nocaute), um empate e duas derrotas em sua carreira.

O início do confronto apresentou momentos de equilíbrio, mas Beatriz rapidamente impôs seu ritmo, controlando as ações com golpes precisos, agilidade e movimentação, especialmente nos rounds iniciais. A argentina tentou reagir a partir do terceiro assalto, conseguindo forçar a brasileira a recuar em alguns momentos.

Entretanto, ao longo da luta, Beatriz demonstrou versatilidade ao alternar a guarda e manteve o domínio estratégico, mesmo quando Ferreyra aumentou a intensidade. A campeã explorou de forma eficiente o jogo de pernas e a manutenção da distância para neutralizar as investidas da desafiante.

Nos rounds finais, o ritmo diminuiu, com a brasileira administrando a vantagem construída. A argentina, por sua vez, buscou um golpe decisivo para reverter o placar, mas não obteve sucesso, garantindo a vitória e a permanência do cinturão com Beatriz Ferreira.