Bamor é proibida pelo Bepe de levar instrumentos para jogo do Bahia e protesta: "Decisão arbitrária e injusta"

Publicado em 21/05/2025 às 18:47:14
Bamor é proibida pelo Bepe de levar instrumentos para jogo do Bahia e protesta: "Decisão arbitrária e injusta"

A partida entre Bahia e Paysandu, válida pela Copa do Brasil e agendada para esta quarta-feira (22), às 19h30, na Arena Fonte Nova, ocorrerá sob um clima diferente nas arquibancadas. A torcida organizada Bamor foi proibida de acessar o estádio portando instrumentos musicais, bandeiras e faixas, conforme determinação do Batalhão Especializado de Policiamento em Eventos (BEPE). A medida punitiva está relacionada a incidentes ocorridos no último domingo (18), durante o clássico Ba-Vi.

A proibição, restrita a este confronto específico, provocou uma resposta imediata da Bamor, que, em nota oficial divulgada nas redes sociais, classificou a decisão como “arbitrária e injusta”. O grupo manifestou “repúdio veemente” à medida, considerando-a “desproporcional e sem fundamentos consistentes”. Segundo a torcida, os motivos alegados para a punição “não condizem com a realidade vivenciada” e representam “mais uma vez a tentativa de criminalizar movimentos populares organizados”.

A Bamor argumenta que a decisão representa a quebra de um acordo anterior com a polícia, que previa a responsabilização individual — e não coletiva — dos membros identificados em eventuais irregularidades. A nota ainda menciona que a organizada apresentou defesa com documentos e provas, mas não obteve sucesso em reverter a sanção a tempo.

Apesar da punição, a Bamor confirmou que estará presente na Fonte Nova. “Hoje, estaremos nas arquibancadas da forma que nos for permitida, apoiando o Bahia do início ao fim, com o mesmo amor de sempre”, afirma a nota, que conclui com um convite à torcida: “Convidamos toda a Nação Tricolor a cantar, incentivar o time e jogar junto com o Bahia rumo à classificação!”.

A decisão do BEPE foi motivada por diversas ocorrências envolvendo membros da organizada no domingo anterior. Integrantes da Bamor foram flagrados com armas brancas, entorpecentes e artefatos explosivos improvisados. Além disso, muros da tradicional Casa de Oxumarê, um dos mais antigos terreiros de Candomblé de Salvador, foram pichados com frases ofensivas.

Entre os materiais apreendidos pelas autoridades estavam uma mochila, duas soqueiras, oito bolas de sinuca adaptadas com pólvora, dois porretes de madeira, três cigarros e três trouxinhas de substância semelhante à maconha, além de celulares e isqueiros.