Brasil sobe cinco posições em ranking de IDH e supera patamar pré-Covid pela primeira vez
O Brasil ascendeu cinco posições no ranking de desenvolvimento humano da ONU, alcançando o 84º lugar em 2023, com um índice de 0,786, considerado alto. Este resultado supera o patamar pré-pandemia de 2019 e iguala o desempenho de 2020. Apesar da melhora, o país ainda figura abaixo de vizinhos sul-americanos como Peru, Colômbia, Uruguai, Argentina e Chile, e foi ultrapassado pelo Azerbaijão.
O aumento do IDH brasileiro foi impulsionado pelo crescimento da expectativa de vida, que passou de 73,4 anos em 2022 para 75,8 anos em 2023, e pelo aumento do PIB per capita, que atingiu US$ 18.011. Contudo, os indicadores educacionais permaneceram praticamente estáveis, com a média de anos de estudo da população em apenas 8,4 anos, apesar de uma expectativa de escolaridade de 15,8 anos.
Desde 1990, o IDH do Brasil apresentou um aumento significativo de 22,6%. A expectativa de vida aumentou em quase 10 anos, e a média de anos de estudo, em 4,74 anos. A Islândia liderou o ranking global em 2023, enquanto o Sudão do Sul ocupou a última posição, impactado por conflitos internos e baixo PIB per capita.
Em 2024, o crescimento global do IDH registrou o nível mais baixo desde 1990, levantando preocupações sobre a possibilidade de atraso no alcance de um desenvolvimento "muito elevado". A desigualdade entre países com IDH baixo e muito alto aumentou pelo quarto ano consecutivo.
O relatório da ONU deste ano destacou o potencial da inteligência artificial para impulsionar o desenvolvimento humano, desde que haja políticas adequadas e cooperação internacional. O Brasil foi citado como exemplo na digitalização do setor de transporte rodoviário, com aplicativos que aumentam a eficiência logística.
