Brasileira presa em penhasco na Indonésia continua sem resgate após cinco dias: clima dificulta uso de helicóptero

As buscas por Juliana Marins, publicitária brasileira de 26 anos que caiu em um penhasco no Monte Rinjani, na Indonésia, completam cinco dias sem sucesso. A jovem está retida na montanha desde sexta-feira (20), e as operações de resgate enfrentam fortes adversidades climáticas, que impedem o uso de helicópteros, considerado essencial para uma ação segura.
O Parque Nacional do Monte Rinjani informou em nota que a operação é complexa e demorada, devido ao terreno íngreme e de difícil acesso. A baixa visibilidade, causada por neblina e chuvas, tem sido o principal obstáculo para o emprego de aeronaves.
Com o objetivo de intensificar os esforços de resgate, a trilha para o cume do vulcão foi temporariamente fechada a partir desta terça-feira (24). A área está sob forte monitoramento com a participação de autoridades locais e internacionais.
A família de Juliana, em contato constante com as equipes de resgate, informou que três planos de ação estão em andamento para tentar salvá-la, mas sem sucesso até o momento em alcançá-la fisicamente.
O pai da publicitária, Manoel Marins Filho, está a caminho da Indonésia para acompanhar as buscas e apelou publicamente por ajuda, agradecendo o apoio do Ministério das Relações Exteriores e da Embaixada do Brasil em Jacarta. "Estou a caminho daquele país e espero voltar com minha filha viva", declarou, agradecendo também a mobilização de amigos e desconhecidos.
Durante sua jornada, Manoel enfrentou contratempos logísticos, incluindo a impossibilidade de seguir viagem em Lisboa devido ao fechamento do espaço aéreo do Qatar em função de tensões geopolíticas. Nesta terça-feira, ele confirmou o embarque para Bali, etapa final antes de se dirigir ao local do incidente, pedindo que continuem orando pela filha para seu retorno seguro ao Brasil.
O Ministério das Relações Exteriores confirmou que a embaixada brasileira na Indonésia está prestando apoio à família e às autoridades locais.
Juliana Marins está em um mochilão pela Ásia desde fevereiro deste ano, tendo visitado Filipinas, Vietnã e Tailândia. Ela estava na trilha do Monte Rinjani com um grupo de turistas e um guia local quando se perdeu e sofreu a queda. A família questiona a versão oficial sobre as circunstâncias do acidente.