Com divergências internas, Grupo Rosewood encontra dificuldades para desembarcar em Salvador; entenda

A tão esperada revitalização do Palácio Rio Branco, em Salvador, para a instalação do Hotel Rosewood, ainda não se concretizou, apesar das promessas. O empresário francês Alex Allard, responsável pelo projeto, enfrenta desafios para viabilizar a iniciativa em meio a questionamentos e contratempos.

Informações apuradas pelo Nota Baiana indicam que o grupo de Allard ainda possui pendências para dar início às obras, principalmente relacionadas à capacidade financeira para arcar com os custos do projeto. A busca por financiamento robusto para a revitalização do espaço tem sido um obstáculo.

Conhecido por restaurar prédios históricos e criar espaços multifuncionais de alto padrão, Allard já possuiria todas as licenças necessárias para a reforma do Palácio Rio Branco, mas a questão financeira persiste como principal entrave.

Além disso, a participação societária de Allard na empresa também enfrenta turbulências. Segundo a coluna Painel, da Folha de S.Paulo, sua participação no hotel Rosewood foi reduzida devido à falta de aporte de R$ 100 milhões, valor correspondente à sua parte em um empréstimo feito pelo grupo chinês CTF, dono da rede.

A disputa se estende aos tribunais, com Allard acusando seus sócios de espionagem e usurpação de direitos autorais relacionados ao hotel Rosewood em São Paulo. A Justiça autorizou uma perícia no prédio, e a defesa de Allard alega que seus sócios tentaram diluir sua participação acionária no empreendimento.

Enquanto isso, Allard mira em um novo projeto no Rio de Janeiro, anunciando a revitalização do Moinho Fluminense, no Porto Maravilha. Durante a Brazil Emirates Conference, em Dubai, o empresário destacou seu foco no mercado de luxo, afirmando que vende "emoção e momentos de vida" e que o Brasil oferece isso como nenhum outro lugar.