Comércio Baiano Cresce 8,9% em 2023, Supera Santa Catarina e Consolida Liderança no Nordeste

Após um período de retração em 2022, o setor comercial da Bahia demonstrou vigor em 2023, registrando um crescimento expressivo de 8,9% no número de estabelecimentos ativos. Segundo dados da Pesquisa Anual de Comércio (PAC), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o estado encerrou o ano com 92.970 unidades locais comerciais, um acréscimo de 7.606 estabelecimentos em relação ao ano anterior. Essa expansão alçou a Bahia da 7ª para a 6ª posição no ranking nacional, ultrapassando Santa Catarina, e reforçou sua liderança no Norte e Nordeste.

O saldo positivo se refletiu diretamente na geração de empregos. Em 2023, o setor comercial baiano empregou 500.835 pessoas, representando um aumento de 6,2% em comparação com 2022 e a criação de 29.229 novas vagas. O estado se destacou nacionalmente, figurando com o 5º maior crescimento absoluto de trabalhadores no setor em todo o país.

A receita bruta de revenda do comércio baiano também apresentou um desempenho notável. Com um crescimento nominal de 11,1%, o quarto consecutivo, a receita saltou de R$ 279,1 bilhões em 2022 para R$ 310 bilhões em 2023. Esse aumento impulsionou a Bahia da 9ª para a 8ª colocação entre os estados com maior receita bruta comercial, superando Goiás.

O varejo foi o principal motor dessa expansão, com um salto de 68.657 para 76.306 empresas entre 2022 e 2023, respondendo por 82,1% do total de estabelecimentos comerciais baianos. O segmento liderou também a criação de empregos, com 20.016 novas ocupações, e registrou o maior aumento nominal na receita, com R$ 14,2 bilhões a mais que no ano anterior.

Por outro lado, o comércio atacadista registrou uma queda de 4,2% no número de unidades, mas compensou com o maior crescimento proporcional de empregados, um aumento de 13,1%. Já o setor de veículos, peças e motocicletas apresentou crescimento tanto em número de estabelecimentos (5,7%) quanto em receita bruta de revenda (12,2%).

Apesar dos avanços significativos, o setor comercial baiano ainda não atingiu seu patamar recorde de 2014, quando contava com 102.255 estabelecimentos. Mesmo assim, a Bahia consolida sua posição como principal referência no comércio nordestino. Em 2023, a participação do estado na receita bruta do comércio da região aumentou de 27,2% para 27,5%. No entanto, a Bahia perdeu participação em número de estabelecimentos e total de trabalhadores na região.

Em uma perspectiva de longo prazo, a receita bruta do comércio baiano mais que dobrou em uma década. Passou de R$ 137,4 bilhões em 2014 para R$ 310 bilhões em 2023, um crescimento nominal de 125,7%. Esse percentual supera a média de crescimento da receita no Nordeste no mesmo período, que foi de 122,9%.