Corinthians falha em proteger Kauê Furquim e abre brecha para assédio do Bahia

O Corinthians se manifestou contra o Bahia, alegando assédio ao jovem atacante Kauê Furquim. No entanto, o clube paulista não adotou uma medida considerada fundamental para resguardar suas promessas de futebol contra investidas de outras equipes. A informação foi inicialmente divulgada pelo colunista Danilo Lavieri, do UOL.
De acordo com um especialista consultado pelo blog, a proteção contra o pagamento da multa rescisória por outro clube seria garantida com um simples ato: o Corinthians deveria ter protocolado na Federação Paulista de Futebol uma proposta formal de renovação contratual. Tal procedimento tornaria pública a intenção do clube, estabelecendo o direito de preferência para a permanência do atleta.
Nessa situação hipotética, mesmo que o Bahia decidisse efetuar o pagamento da multa, o Corinthians estaria resguardado. A ausência desse registro formal deixou o caminho livre para a ação do clube baiano, especialmente considerando que o salário de Furquim era considerado baixo para um jogador em vias de integrar o elenco profissional.
O Bahia efetuou o pagamento de R$ 14 milhões à vista, quantia que representa aproximadamente 2 mil vezes o salário mensal de R$ 7 mil do atacante. Essa movimentação está amparada pelo direito de qualquer atleta, em vigor desde 1998, após o fim da Lei do Passe, que assegura o livre exercício da profissão.