Corpo de Juliana Marins será sepultado para preservação de provas

Publicado em 04/07/2025 às 20:05:29
Corpo de Juliana Marins será sepultado para preservação de provas

A família da brasileira Juliana Marins, que faleceu após uma queda na trilha do vulcão Rinjani, na Indonésia, decidiu pelo sepultamento do corpo nesta sexta-feira (4), contrariando o desejo da vítima por cremação. O velório, aberto ao público na parte da manhã, aconteceu no Cemitério Parque da Colina, em Niterói.

A Defensoria Pública do Rio de Janeiro havia obtido autorização judicial para a cremação, conforme divulgado pela Agência Brasil. Contudo, a família optou pelo sepultamento para resguardar a possibilidade de exumação, caso haja necessidade de novas perícias. Após a cerimônia restrita a amigos e familiares, o sepultamento foi realizado. A família de Juliana Marins ainda busca esclarecimentos sobre a demora no socorro, que pode ter sido determinante para sua morte.

Ao retornar ao Brasil, o corpo de Juliana passou por uma nova autópsia no Instituto Médico-Legal (IML) Afrânio Peixoto, no Rio. A pedido dos familiares, o procedimento visou questionar as conclusões do laudo emitido por legistas indonésios. A equipe de autópsia na Indonésia apontou que a brasileira morreu devido a uma hemorragia causada por lesões em órgãos internos, resultantes de um trauma contundente.

Em declarações à imprensa, o pai de Juliana, Manoel Marins, expressou gratidão pela mobilização nacional que deu visibilidade ao caso, assim como pelo trabalho da Embaixada do Brasil na Indonésia e dos voluntários envolvidos no resgate. Juliana sofreu o acidente em um sábado, mas o resgate só conseguiu alcançá-la na terça-feira seguinte, quando ela já havia falecido.

"Trata-se de despreparo, de descaso com a vida humana, trata-se de negligência e de precariedade dos serviços daquele país. É um destino turístico mundialmente conhecido, [de um país] que depende do turismo para sobreviver e que deveria ter mais estrutura para resgatar as pessoas que passassem por um infortúnio desses, mas, infelizmente, não tem", lamentou Manoel Marins. Ele ressaltou a importância de que o país reavalie seus protocolos para evitar que tragédias como a de sua filha voltem a ocorrer.