Defesa de Hytalo Santos se retira de caso; influenciador é alvo de denúncias e investigações

Publicado em 14/08/2025 às 11:03:23
Defesa de Hytalo Santos se retira de caso; influenciador é alvo de denúncias e investigações

A defesa do influenciador digital Hytalo Santos anunciou, nesta quarta-feira (13), sua saída do caso que apura denúncias de exposição e exploração de crianças. A decisão ocorre após a Polícia Militar da Paraíba cumprir um mandado de busca e apreensão na residência do blogueiro, encontrando o imóvel vazio.

Em entrevista à TV Cabo Branco, um ex-funcionário do condomínio onde Hytalo residia relatou problemas na convivência com o influenciador e outros moradores. Segundo o relato, durante a estadia do influenciador no local, foram encontrados "drogas, bebidas e preservativos no chão", além de queixas sobre barulho excessivo e "palavras de baixo calão" nos corredores, prejudicando os demais condôminos.

As festas promovidas por Hytalo no imóvel também eram alvo de denúncias. Em 2024, após relatos sobre esses eventos, o Ministério Público iniciou investigações contra o influenciador.

No início da semana, a Justiça determinou a suspensão dos perfis digitais de Hytalo Santos, a remoção de todo conteúdo com a participação de crianças ou adolescentes e proibiu seu acesso às próprias plataformas. Em nota ao Jornal Nacional, o Google informou que, embora ainda não tenha sido intimado oficialmente, já está em processo de remoção de vídeos e desmonetização do canal do influenciador no YouTube.

O caso de Hytalo Santos, que já havia sido denunciado por outros influenciadores por conteúdos com teor de "adultização" de adolescentes, ganhou grande repercussão após uma denúncia feita pelo youtuber Felca.

Adicionalmente, de acordo com o portal LeoDias, o influenciador enfrenta uma série de processos trabalhistas. Pelo menos 13 seguranças que trabalharam com ele entre 2023 e 2025 alegam dívidas trabalhistas, danos morais, jornada excessiva e falta de comprovação de vínculo empregatício. Duas assistentes também registraram ações, relatando terem sido forçadas a assinar termos de confidencialidade, conhecidos como "lei da mordaça", sob pena de multa caso falassem publicamente sobre o influenciador.