Desemprego cai abaixo de 6% pela primeira vez na série histórica e rendimento médio também bate recorde

Publicado em 31/07/2025 às 13:58:59
Desemprego cai abaixo de 6% pela primeira vez na série histórica e rendimento médio também bate recorde

A pesquisa Pnad Contínua do IBGE, divulgada nesta quinta-feira (31), aponta um cenário de forte recuperação no mercado de trabalho brasileiro. O período de abril a junho deste ano registrou a menor taxa de desocupação desde 2012, atingindo 5,8%. Este índice representa uma queda de 1,2 ponto percentual em relação ao trimestre anterior e de 1,1 ponto percentual comparado ao mesmo período do ano passado.

"O crescimento acentuado da população ocupada no trimestre influenciou vários recordes da série histórica, dentre eles a menor taxa de desocupação", explicou Adriana Beringuy, coordenadora da pesquisa. Em números absolutos, 6,3 milhões de pessoas estavam desocupadas no país no período analisado, uma redução de 1,3 milhão em relação ao trimestre anterior e de 1,1 milhão em comparação com o ano passado.

Outros indicadores também atingiram patamares recordes. A taxa de participação na força de trabalho alcançou 62,4%, e o nível de ocupação, que mede o percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar, chegou a 58,8%, igualando o recorde histórico registrado entre setembro e novembro de 2024. O contingente de trabalhadores com carteira assinada no setor privado também bateu recorde, com 39,0 milhões de pessoas empregadas formalmente.

A pesquisa também destacou a queda no número de desalentados, pessoas que desistiram de procurar emprego, com recuos de 13,7% em relação ao trimestre anterior e de 14,0% frente ao mesmo período de 2024.

A quantidade de pessoas ocupadas no país atingiu aproximadamente 102,3 milhões, um avanço de 1,8% em relação ao trimestre anterior e de 2,4% na comparação anual, representando 2,4 milhões de novas vagas. A taxa de informalidade, apesar de ter registrado 37,8% (ou 38,7 milhões de trabalhadores informais), apresentou queda, mesmo com o aumento de trabalhadores sem carteira assinada e por conta própria.

Os rendimentos também registraram números expressivos. O rendimento médio mensal real habitual de todos os trabalhos atingiu R$ 3.477, um recorde. Houve um crescimento de 1,1% em relação ao trimestre anterior e de 3,3% na comparação anual. A massa de rendimento real habitual, que representa a soma das remunerações de todos os trabalhadores, alcançou R$ 351,2 bilhões, também um recorde, com um aumento de 2,9% no trimestre e de 5,9% na comparação anual.