Desocupação aumenta no primeiro trimestre de 2025 e a Bahia tem a segunda maior taxa entre os estados

A taxa de desocupação média no Brasil alcançou 7% no primeiro trimestre de 2025, um aumento de 0,8 ponto percentual em relação aos 6,2% registrados no último trimestre de 2024. Apesar da alta trimestral, o índice representa uma queda de 0,9 ponto percentual frente ao mesmo período móvel de 2024, quando o desemprego estava em 7,9%.
Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua Trimestral, divulgados nesta sexta-feira pelo IBGE, apontam que 12 das 27 Unidades da Federação apresentaram aumento na taxa de desocupação. Entre os estados, a Bahia registrou o segundo maior índice de desocupados, chegando a 10,9%, atrás apenas de Pernambuco, que liderou com 11,6%. Outros estados com altas taxas incluem Piauí (10,2%), Amazonas (10,1%) e Rio Grande do Norte (9,8%). Na Bahia, a taxa subiu de 9,9% no quarto trimestre de 2024 para os atuais 10,9%.
A análise por grupos demográficos no primeiro trimestre de 2025 mostrou que a taxa de desocupação (7%) foi significativamente maior entre as mulheres (8,7%) em comparação com os homens (5,7%). Por cor ou raça, o desemprego ficou abaixo da média nacional para os brancos (5,6%), enquanto se situou acima para os pretos (8,4%) e pardos (8,0%).
Em relação à instrução, a maior taxa de desocupação foi observada entre pessoas com ensino médio incompleto (11,4%). Para aqueles com nível superior incompleto, a taxa foi de 7,9%, mais que o dobro do índice verificado para quem completou o ensino superior (3,9%).
A taxa composta de subutilização da força de trabalho, que engloba desocupados, subocupados por insuficiência de horas trabalhadas e na força de trabalho potencial, atingiu 15,9% no país. O Piauí teve a maior taxa (34,0%), seguido por Bahia e Alagoas, ambas com 27,5%.
O percentual de empregados com carteira assinada no setor privado ficou em 74,6% no Brasil. Santa Catarina (87,8%), São Paulo (83,4%) e Rio Grande do Sul (81,5%) registraram os maiores percentuais, enquanto Maranhão (51,8%), Piauí (52,0%) e Pará (55,1%) apresentaram os menores.
A população ocupada trabalhando por conta própria representou 25,3% do total. Rondônia (35,6%), Maranhão (32,7%) e Amazonas (31,2%) tiveram os maiores percentuais de trabalhadores por conta própria, ao passo que Distrito Federal (19,0%), Tocantins (20,6%) e Mato Grosso do Sul (21,2%) tiveram os menores.
A taxa de informalidade no país foi de 38% da população ocupada. Maranhão (58,4%), Pará (57,5%) e Piauí (54,6%) exibiram as taxas mais altas, enquanto Santa Catarina (25,3%), Distrito Federal (28,2%) e São Paulo (29,3%) tiveram as mais baixas.
O rendimento médio real mensal habitual dos trabalhadores alcançou R$ 3.410 no primeiro trimestre de 2025. O valor representa uma alta tanto em relação ao trimestre imediatamente anterior (R$ 3.371) quanto na comparação com o mesmo trimestre de 2024 (R$ 3.279).
Regionalmente, as regiões Nordeste (R$ 2.383) e Sul (R$ 3.840) registraram expansão estatisticamente significativa nos rendimentos no primeiro trimestre de 2025, enquanto as demais regiões mantiveram estabilidade. Os maiores rendimentos médios foram observados no Centro-Oeste (R$ 3.848), Sul (R$ 3.840) e Sudeste (R$ 3.814). As menores médias de rendimento foram do Nordeste (R$ 2.383) e do Norte (R$ 2.649).
A Pnad Contínua é a principal pesquisa sobre a força de trabalho brasileira, entrevistando trimestralmente uma amostra de 211 mil domicílios em cerca de 3.500 municípios das 27 unidades da federação.