Governo Trump avalia lançamento de reality show em que imigrantes competem por cidadania americana

O Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos (DHS) está avaliando uma proposta para a criação de um programa de televisão no formato reality show, no qual imigrantes competiriam pela chance de obter a cidadania americana. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (16) pelo jornal americano Washington Post, citando o porta-voz do DHS, Tricia McLaughlin.

Em comunicação por email, McLaughlin indicou que o projeto do reality show "está nos estágios iniciais desse processo de avaliação e ainda não foi aprovado nem rejeitado pela equipe". O porta-voz acrescentou que a secretária de Segurança Interna, Kristi L. Noem, ainda não analisou formalmente a proposta.

A série foi concebida por Rob Worsoff, um roteirista e produtor nascido no Canadá, com trabalhos anteriores em programas como "Duck Dynasty" e "Millionaire Matchmaker". Em entrevista ao Wall Street Journal, Worsoff afirmou ter recebido feedback positivo da agência federal e estar em conversas preliminares com diferentes redes de televisão para a produção.

Ao descrever o projeto, o criador enfatizou que "isso não é ‘Jogos Vorazes’ para imigrantes", distanciando-se da comparação com a saga distópica. Ele reforçou que "não é como se, se você perder, será enviado de volta de barco para fora do país".

Segundo um documento de apresentação do projeto obtido pelo Daily Mail, doze imigrantes participantes chegariam inicialmente de barco à Ilha Ellis e depois viajariam pelos Estados Unidos em um trem batizado de "The American" — nome também proposto para o programa — com o objetivo de aprender sobre a história e a cultura do país. A cada episódio, eles enfrentariam desafios considerados “tipicamente americanos”, incluindo um "desafio de herança", um "desafio de eliminação", uma "reunião comunitária" e uma "votação final".

A proposta culmina no episódio final com o vencedor sendo oficialmente naturalizado como cidadão americano em uma cerimônia simbólica nos degraus do Capitólio, em Washington. O projeto sugere também a possibilidade de apresentadores conhecidos que sejam cidadãos naturalizados dos EUA, mencionando nomes como Sofia Vergara, Ryan Reynolds ou Mila Kunis. As informações sobre o projeto foram originalmente reportadas pela Folha de São Paulo.