Israel admite ataque a drones em Gaza que matou jornalista da Al Jazeera

Um ataque com drones de Israel na Faixa de Gaza, na segunda-feira (11), resultou na morte de cinco profissionais da emissora Al Jazeera. Entre os falecidos está o correspondente Anas al-Sharif, de 28 anos, reconhecido por sua atuação na linha de frente do conflito. O incidente, que ocorreu nas imediações do Hospital Al-Shifa, na Cidade de Gaza, também causou a morte de outras duas pessoas. As Forças de Defesa de Israel confirmaram que a ação foi proposital.
O Exército israelense alegou que Sharif liderava uma célula do Hamas e teria participado de ataques contra Israel. A Al Jazeera refutou as acusações, divulgando uma mensagem póstuma de Sharif nas redes sociais onde ele afirmava nunca ter "hesitado em transmitir a verdade como ela é, sem distorção ou deturpação".
Organizações internacionais de imprensa e entidades de direitos humanos condenaram o ataque, contestando as alegações israelenses por falta de provas concretas e defendendo que Sharif foi alvo devido ao seu trabalho jornalístico.
Além de Sharif, perderam a vida os jornalistas Mohammed Qreiqeh, Ibrahim Zaher e Mohammed Noufal, juntamente com um assistente da equipe. A Al Jazeera descreveu a ofensiva como "uma tentativa desesperada de silenciar vozes em antecipação à ocupação de Gaza".
As autoridades de saúde de Gaza informaram que o bombardeio atingiu diretamente a tenda onde os jornalistas estavam, além de danificar a entrada do setor de emergências do Hospital Al-Shifa. O governo israelense não apresentou novas evidências para corroborar suas acusações contra o jornalista.