Justiça mantém prisão preventiva de João Neto, advogado que agrediu namorada

A Justiça de Alagoas indeferiu o pedido de habeas corpus de João Neto, advogado e influenciador digital, acusado de agredir a namorada na última segunda-feira (14). Sua advogada informou que ele retornou à prisão após um período de internação hospitalar.
Na última quinta-feira (17), João Neto passou mal durante a transferência para um presídio em Maceió, apresentando problemas cardíacos e necessitando de atendimento médico na Penitenciária Masculina Baldomero Cavalcante de Oliveira.
A decisão de manter a prisão preventiva, conforme o desembargador Carlos Cavalcanti de Albuquerque Filho, visa "resguardar a integridade física e psicológica da vítima" e garantir a ordem pública, considerando os antecedentes criminais do acusado. O desembargador ressaltou que a vítima relatou agressões anteriores e ameaças com arma de fogo, o que resultou na suspensão da posse e do porte de armas de João Neto.
De acordo com a advogada de defesa, Migan Chen, o estado de saúde de João Neto é estável, e ele se encontra em uma sala de estado maior, em conformidade com sua condição de advogado.
João Neto ganhou notoriedade nas redes sociais por seus conselhos amorosos e se apresenta como advogado criminalista, ex-policial militar da Bahia, pós-graduado e mestre em ciências criminais.
Em um podcast, ele relatou ter sido expulso da Polícia Militar da Bahia após uma discussão e assédio a uma mulher, esposa de um coronel. Na mesma entrevista, admitiu ter assassinado pessoas, incluindo um jovem de 16 anos que teria ateado fogo em seu estabelecimento.
Nas eleições de 2024, João Neto trabalhou na campanha de Pablo Marçal (PRTB) à prefeitura de São Paulo, auxiliando o então candidato quando suas redes sociais foram retiradas do ar.
Em setembro de 2024, o advogado agrediu outro advogado durante uma audiência de conciliação em Maceió. A OAB emitiu uma nota e enviou ofícios à Polícia Federal e ao Conselho de Segurança do Estado devido às ameaças proferidas por João Neto e seu porte de arma. Após a repercussão, ele alegou ter apenas revidado uma suposta agressão.
Em outra entrevista, João Neto defendeu a agressão de homens contra mulheres em determinadas situações, afirmando que "Se ela deu um tapa na sua cara, ela está querendo tomar outra".
