Lula convoca ministros para reunião de emergência após tarifaço de Trump

O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) convocou uma reunião de emergência com seus ministros no Palácio do Planalto para debater o impacto do recente "tarifaço" imposto pelo governo de Donald Trump sobre as exportações brasileiras. O encontro, que teve início no fim da tarde desta quarta-feira (30), visa discutir a extensão da medida, que adiciona uma taxa sobre os produtos brasileiros com poucas exceções.
Entre os principais pontos da pauta estão as medidas que o governo brasileiro poderá adotar para mitigar os efeitos dessa decisão, incluindo formas de auxílio aos setores mais afetados e a preservação de empregos. O Vice-Presidente Geraldo Alckmin, que tem liderado os contatos com o setor empresarial e as negociações com os Estados Unidos, também participa da reunião.
Foram convocados os Ministros Fernando Haddad (Fazenda), Rui Costa (Casa Civil), Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais) e Jorge Messias (Advocacia-Geral da União). O Ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, que se encontra em viagem aos EUA, será representado por um membro do Itamaraty. O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços e o Itamaraty apresentarão ao Presidente um levantamento detalhado sobre o impacto das novas tarifas na pauta de exportações brasileiras para os Estados Unidos.
Segundo comunicado da Casa Branca, Trump assinou um decreto que implementa uma tarifa adicional de 40% sobre o Brasil, elevando o valor total para 50%. As novas taxas entrarão em vigor em sete dias e isentam alguns produtos como alimentos, minérios, energia e aviação civil, dentre outros. O comunicado da Casa Branca justifica a medida como uma resposta às "políticas, práticas e ações recentes do governo brasileiro que constituem uma ameaça incomum e extraordinária à segurança nacional, à política externa e à economia dos Estados Unidos", citando explicitamente o nome de Jair Bolsonaro e alegando que ele sofre perseguição pelo Ministro Alexandre de Moraes, do STF.