Ministério da Saúde amplia tratamento para casos graves de Alzheimer no SUS

O Ministério da Saúde anunciou a ampliação do uso da donepezila no Sistema Único de Saúde (SUS), que passa a ser disponibilizada também para pacientes com forma grave da doença de Alzheimer. A decisão foi oficializada por meio de portaria publicada nesta quinta-feira (15) no Diário Oficial da União.

Até então, o medicamento donepezila, reconhecido por ajudar a preservar funções cognitivas e a capacidade funcional dos pacientes, era oferecido pela rede pública apenas para casos leves ou moderados da condição neurodegenerativa.

Em comunicado, a pasta informou que, a partir de agora, pacientes com a forma grave da doença poderão utilizar a donepezila, tanto isoladamente quanto em combinação com a memantina, medicação que já integrava a lista de tratamentos disponíveis pelo SUS para o Alzheimer. O Ministério estima que essa medida beneficiará aproximadamente 10 mil pessoas no primeiro ano de oferta ampliada.

A nota do Ministério destacou que "o cuidado contínuo por meio desses medicamentos auxilia na redução de sintomas da doença, como confusão mental, apatia e alterações de comportamento nos pacientes".

A demanda pela ampliação da donepezila surgiu no decorrer do processo de atualização do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) da doença de Alzheimer.

O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa progressiva que afeta a memória, o comportamento e a autonomia. Embora não haja cura, o tratamento pode contribuir significativamente para retardar o ritmo da perda de capacidades.

Estudos apresentados à Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) embasaram a decisão, indicando que a manutenção do uso da donepezila pode melhorar sintomas como agitação, apatia e confusão, além de ser capaz de adiar a necessidade de institucionalização dos pacientes.