Ministério da Saúde lança teste molecular para detecção precoce de câncer de colo de útero no SUS

Publicado em 18/08/2025 às 18:47:49
Ministério da Saúde lança teste molecular para detecção precoce de câncer de colo de útero no SUS

O Ministério da Saúde deu início, nesta sexta-feira (15), à aplicação de uma nova tecnologia para a detecção precoce do câncer de colo do útero. O teste de biologia molecular DNA-HPV, que identifica a presença do papilomavírus humano (HPV), será disponibilizado no Sistema Único de Saúde (SUS).

Conforme a pasta, esta abordagem moderna e inovadora representa um avanço significativo para o rastreamento organizado da doença. Na Bahia, a iniciativa beneficiará mais de 90 mil mulheres em Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), ao longo dos próximos cinco anos.

O lançamento oficial ocorreu no Centro de Atenção à Saúde da Mulher (CASM), em Camaçari, com a presença da diretora da Secretaria Executiva do Ministério da Saúde, Aline de Oliveira Costa. Além da Bahia, outros 12 estados foram selecionados para a implementação por já possuírem infraestrutura para colposcopia e biópsia, assegurando um atendimento completo às pacientes com resultados alterados.

A tecnologia, desenvolvida 100% no Brasil, tem a capacidade de detectar 14 genótipos do HPV e identificar o vírus no organismo antes mesmo do surgimento de lesões ou do câncer em estágios iniciais. Estima-se que esta medida possibilite o rastreamento precoce de aproximadamente 5,6 milhões de mulheres brasileiras nos próximos cinco anos.

"A partir de hoje, estamos implementando essa nova forma de diagnóstico e prevenção do câncer do colo do útero em 12 estados brasileiros. Estamos aproveitando a infraestrutura criada durante a pandemia para os testes de biologia molecular. Essa estrutura agora será utilizada para o diagnóstico do HPV, permitindo reduzir o tempo de espera e iniciar o tratamento o mais rápido possível", declarou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, durante evento no Hospital da Mulher de Recife.

A implementação será feita gradualmente, iniciando com um município por estado, e expandida conforme a transição do método antigo para o novo. O objetivo do Ministério da Saúde é que, até dezembro de 2026, o rastreamento esteja disponível em toda a rede pública do país, alcançando 7 milhões de mulheres entre 25 e 64 anos anualmente.