Ministro defende reforma administrativa urgente no serviço público para combater 'insanidade' e promover meritocracia

Publicado em 18/08/2025 às 15:29:49
Ministro defende reforma administrativa urgente no serviço público para combater 'insanidade' e promover meritocracia

O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho (Republicanos), defendeu a necessidade de uma reforma administrativa urgente no serviço público brasileiro para eliminar o que ele classificou como situações "insanas". A declaração foi feita durante um fórum promovido pela revista Veja.

Questionado sobre os principais desafios para o avanço da infraestrutura nacional, Costa Filho criticou a disparidade de horários e produtividade entre servidores públicos, que, segundo ele, recebem o mesmo salário no final do mês. "O que eu não acho justo, às vezes tem um servidor que chega às 8h e trabalha até às 19h. Tem outro que pode chegar 9h30, às 11h30 sai para almoçar, volta às 15h, e 17h já sai. Chega no final do mês, ganham a mesma coisa. Eu acho que isso é insano. Acho que cabe uma reforma administrativa", afirmou.

O ministro, que expressou admiração pelo papel estratégico do servidor público, ressaltou a importância de implementar a meritocracia, com bonificações para recompensar o bom desempenho e a produtividade. Ele acredita que a melhoria da governança pública também aumentará o interesse de investidores em projetos no Brasil.

Outro obstáculo apontado por Costa Filho para o desenvolvimento da infraestrutura é a falta de projetos. Ele defende um diálogo contínuo entre o governo federal e a iniciativa privada para a criação de uma carteira robusta de projetos a serem apresentados aos mercados nacional e internacional.

Apesar dos desafios, o ministro destacou avanços recentes, como a reforma tributária, que ele avalia que trará ganhos significativos para a consolidação de concessões no país. A expansão do crédito também foi citada como um ponto positivo, com os quatro principais bancos públicos brasileiros tendo emprestado mais nos dois primeiros anos do governo atual em comparação com o governo anterior.