Operação em Chamas: 3 mil explosivos são apreendidos e oito barracas são interditadas pela Polícia Civil

Mais de 3,2 mil artefatos explosivos foram apreendidos em Cruz das Almas e oito barracas de fogos de artifício foram interditadas em Santo Antônio de Jesus, ambas no Recôncavo baiano. As ações fazem parte da Operação Em Chamas, coordenada pela Polícia Civil da Bahia para coibir a venda irregular de explosivos durante o período junino.
Nesta sexta-feira (13), a fiscalização em Santo Antônio de Jesus inspecionou nove estruturas de comercialização, constatando que apenas uma delas operava com toda a documentação regularizada junto aos órgãos competentes.
As interdições ocorreram principalmente pela ausência de licenças obrigatórias da Polícia Civil e do Exército, além de graves irregularidades técnicas. Entre os problemas encontrados, destacam-se a falta do Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB) e do Atestado de Vistoria de Conformidade de Projeto (AVCP), documentos essenciais para garantir a segurança das instalações e da atividade comercial.
Em um dos casos, os fiscais verificaram que uma das barracas interditadas desrespeitava uma decisão judicial anterior que proibia a venda de explosivos sem as devidas autorizações legais. A situação será formalmente comunicada ao Ministério Público do Trabalho e à Justiça do Trabalho para as providências cabíveis.
O delegado Arthur Gallas, que lidera a Operação Em Chamas, enfatizou o objetivo principal da fiscalização: a segurança da população. Segundo ele, a ação não tem a intenção de prejudicar comerciantes, mas sim de prevenir tragédias. Gallas reforçou que a venda de fogos de artifício exige autorização técnica e condições seguras de operação, e cada situação será analisada individualmente pela Polícia Civil com base nos critérios definidos pela legislação.
A Operação Em Chamas é coordenada pela Coordenação de Fiscalização de Produtos Controlados (CFPC) da Polícia Civil da Bahia e conta com o apoio dos Departamentos de Repressão e Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (Draco), Especializado de Investigações Criminais (Deic) e de Polícia do Interior (Depin). A ação envolve uma ampla colaboração interinstitucional, incluindo o Exército Brasileiro, a Secretaria da Fazenda do Estado (Sefaz), o Corpo de Bombeiros Militar da Bahia (CBMBA), o Departamento de Polícia Técnica (DPT), o Procon-BA, o Instituto Baiano de Metrologia e Qualidade (Ibametro) e o Conselho Regional de Química (CRQ). A fiscalização continuará ativa até o fim do período junino, abrangendo outros municípios baianos.